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quarta-feira, 24 de março de 2010

Restaurando o caráter de Cristo em nosso coração






O caráter de Cristo destruído. 


Assim que o jovem casal (Adão e Eva) havia começado a desfrutar o fato de terem sido criados à imagem de Deus, abreviaram a vida provando um fruto tentador. Antes que o sabor pudesse gerar um sorriso, o caráter de seu Criador estava tão carbonizado neles que só Ele poderia restaurá-lo. Comendo do fruto do conhecimento do bem e do mal, Adão e Eva perderam dentro de si o caráter de Deus. A desobediência não só maculou o puro caráter deles, mas fez com que perdessem o lar, a autoestima e o desejo de se comunicar com o Criador. Contudo, Deus não os colocou além do alcance de Seu perdão. Foi à procura deles, desejando restaurar neles Seu caráter e o desejo de uma comunhão eterna com Ele 


Gn 3:8, 9 - Quando ouviram a voz do SENHOR Deus, que andava no jardim pela viração do dia, esconderam-se da presença do SENHOR Deus, o homem e sua mulher, por entre as árvores do jardim. E chamou o SENHOR Deus ao homem e lhe perguntou: Onde estás?


Sal 139:7-10 - Para onde me ausentarei do teu Espírito? Para onde fugirei da tua face? Se subo aos céus, lá estás; se faço a minha cama no mais profundo abismo, lá estás também; se tomo as asas da alvorada e me detenho nos confins dos mares, ainda lá me haverá de guiar a tua mão, e a tua destra me susterá. 


O espírito de desobediência que afasta a justiça de Deus e nos tira de Sua presença precisa ser substituído pelos frutos do Espírito. Aqui está a única possibilidade de restaurar o caráter de Deus em nós para que possamos seguir Sua vontade. O sacrifício de Jesus na cruz torna tudo isso possível.


Restauração 


Rm 5:19-21 -  Porque, como, pela desobediência de um só homem, muitos se tornaram pecadores, assim também, por meio da obediência de um só, muitos se tornarão justos. Sobreveio a lei para que avultasse a ofensa; mas onde abundou o pecado, superabundou a graça, a fim de que, como o pecado reinou pela morte, assim também reinasse a graça pela justiça para a vida eterna, mediante Jesus Cristo, nosso Senhor.


O caráter de Deus é restaurado em nós por meio da operação do Espírito Santo, a qual, por sua vez, está baseada nos méritos do sacrifício expiatório de Cristo. Qualquer pessoa que possua o caráter de Deus é nova criatura guiada pelo Espírito Santo 


(Jo 3:3-7  - A isto, respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo que, se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus. Perguntou-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Pode, porventura, voltar ao ventre materno e nascer segunda vez? Respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus. O que é nascido da carne é carne; e o que é nascido do Espírito é espírito. Não te admires de eu te dizer: importa-vos nascer de novo. 


Pensamentos e atos passam a ser determinados pela vontade do Espírito. A pessoa transformada não é simplesmente outra pessoa, mas alguém pacífico, alegre, amoroso, paciente, fiel, manso, controlado, veraz.


Quando a mulher de Samaria experimentou a transformação, morreu a percepção que os outros tinham dela. “Venham ver um homem que me disse tudo o que tenho feito. Será que Ele não é o Cristo?” (Jo 4:29, NVI). A “velha” mulher estava sempre evitando os habitantes da aldeia, mas a corajosa “nova” mulher se aproximou deles com uma mensagem transformadora de vida. Isso era incomum em relação à “velha” mulher de duas formas. Ela detestava ver os habitantes da aldeia e ser vista por eles – especialmente aqueles que conheciam seu sórdido passado. E ela possuía uma mensagem sobre Jesus mesmo para aqueles que a desprezavam.


Assim, a mensageira se torna nova pessoa com uma nova missão na vida. A Bíblia não diz quantos foram ver Jesus como resultado do convite dessa mulher, mas fica claro que o primeiro esforço evangelístico dela foi um sucesso. Talvez Jesus tenha deixado de tomar a refeição da noite porque ficou profundamente emocionado com esse sucesso 


(Jo 4:30-34 -   Saíram, pois, da cidade e vieram ter com ele. Nesse ínterim, os discípulos lhe rogavam, dizendo: Mestre, come! Mas ele lhes disse: Uma comida tenho para comer, que vós não conheceis. Diziam, então, os discípulos uns aos outros: Ter-lhe-ia, porventura, alguém trazido o que comer? Disse-lhes Jesus: A minha comida consiste em fazer a vontade daquele que me enviou e realizar a sua obra.


Ele ficou satisfeito com a transformação dela e sentiu Sua própria alegria ao ver o Espírito Santo brotar dentro dela. “A samaritana que conversou com Jesus junto ao poço de Jacó, mal achou o Salvador, levou outros a Ele. Mostrou-se mais eficiente missionária que os próprios discípulos” (Ellen G. White, A Ciência do Bom Viver, p. 102).
Nova criatura 


2Co 5:17 -   E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas.


Alguém que personifique a Cristo é transformado pelo Espírito Santo. Tal pessoa escolheu o que é certo, antes que as coisas deste mundo (1Jo 2:15  -  Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele;). Para que alguém desenvolva um caráter semelhante ao de Cristo, a primeira coisa que deve ocorrer é a entrega total ao Espírito Santo.


As borboletas passam por quatro estágios na vida, mas somente no quarto estágio têm a aparência de borboletas. A borboleta adulta põe um ovo. Então, do ovo sai uma lagarta ou larva. A lagarta forma a crisálida ou pupa; e, finalmente, a borboleta emerge da crisálida.


Não é estranho que uma lagarta se transforme em borboleta. Contudo, seria estranho se uma lagarta se comportasse como borboleta. Assim, numa radiosa manhã, essa nova e bela criatura voa rumo ao céu ensolarado, não tendo absolutamente qualquer ideia do processo ou meio científico pelo qual chegou a esse estágio. Os frutos do Espírito representam a nova criatura (borboleta), e não o processo. Da mesma forma, quando o milagre da transformação é operado pelo poder do Espírito Santo, tornamo-nos como Cristo, com desejo de voar rumo ao esplendor de Sua justiça. Assim é que podemos exemplificá-Lo em casa, na escola e no trabalho (Sl 34:2-8). A pessoa transformada está sempre pronta a testificar do poder restaurador do Espírito, dando todo o crédito à graça de Deus.


Você está disposto a ser transformado? 


Rm 12:1, 2 -  Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.


Quando Paulo peregrinava por Corinto, pensamentos sobre Roma lhe ocupavam a mente. Ele desejava tanto ver o evangelho de Cristo florescer naquela cidade, para a qual grande parte do mundo olhava! Que alegria deve ter sido, enquanto ele descansava em Corinto, ver que “os crentes de Corinto, outrora tão propensos a perder de vista seu alto chamado em Cristo, tinham desenvolvido força de caráter cristão. Suas palavras e atos revelavam o poder transformador da graça de Deus, e eram eles agora uma potente força para o bem nesse centro de paganismo e superstição” (Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 372).


O que suas palavras e atos revelam? Eles são uma força para o bem?


Mãos à Bíblia
O fruto da “piedade” é mencionado em 1 Timóteo 6:11. Na língua original, a palavra piedade significa reverência, respeito e devoção para com Deus. Romanos 5:4 e 5 menciona a qualidade da “esperança”. Quando tudo estiver dito e feito, nossa fé cristã não nos oferecerá nada a não ser a esperança. 2Pedro 1:5-7 é uma lista de qualidades, entre elas a “virtude”, que não é mencionada na lista de Gálatas 5:22 e 23. A virtude está associada à bondade moral, como a modéstia e a pureza.


3. Por que a virtude é indispensável à vida cristã? Como essa qualidade se relaciona com o sétimo mandamento?


4. 2Pedro 1:5 e 6 acrescenta “conhecimento” à lista. Embora a palavra usada (gnosis) signifique conhecimento geral e entendimento, como fruto da vida cheia do Espírito, que papel tem o conhecimento? Como o conhecimento se relaciona, por exemplo, com o dom do discernimento?

George McCallum St. Philip, Barbados



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