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segunda-feira, 8 de março de 2010

Mais que aparências




Durante o tempo de Cristo, a letra e espírito do legalismo – da justificação pelas próprias obras – que nos tempos do Novo Testamento vieram a ser identificados com a religião judaica, refletiam acuradamente o espírito e os ensinos dos fariseus. Eles tendiam a passar por alto o fato de que a disposição do coração era de maior importância que o ato exterior. Criam que guardar as inúmeras leis que haviam criado provaria que a pessoa era um judeu justo e, portanto, garantiria o lugar dessa pessoa no Céu.


Jesus tinha falado com o povo sobre fazer o que era certo. Os fariseus, ouvindo falar que os saduceus eram incapazes de apanhar Jesus numa armadilha com suas perguntas, decidiram tentar fazê-lo. Jesus respondeu às perguntas deles e depois fez poderosa censura: “Vocês são hipócritas! Vocês lavam o exterior de seus copos e pratos, mas dentro eles estão cheios de coisas que vocês obtiveram enganando os outros e agradando só a vocês mesmos” (Mt 23:25, New Century Version). Ao longo de todo o capítulo de Mateus 23, Jesus mostra a esses líderes de igreja que eles estão mais interessados em parecer justos, honestos e tementes a Deus, do que em realmente realizar esses atos.


Romanos 3:28  -   Concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé, independentemente das obras da lei.


Paulo leva a questão adiante, insistindo em que a salvação vem por meio da fé em Deus, não pela obediência a leis. Leia também Romanos 3:29 e 30 -  É, porventura, Deus somente dos judeus? Não o é também dos gentios? Sim, também dos gentios, visto que Deus é um só, o qual justificará, por fé, o circunciso e, mediante a fé, o incircunciso. 


Vemos em nossas próprias igrejas, escolas, e, às vezes, em nosso próprio lar, essas mesmas batalhas. Ainda há aqueles que creem que o que fazem é mais importante do que o que creem, e que, se agirem como cristãos por fora, podem ser o que quiserem por dentro.


Contudo, os versos que examinamos hoje deixam claro que precisamos estar “limpos” por dentro, e que nenhuma quantidade de obras, exibições de humildade e caridade, coisas que se acha que um cristão deve fazer, levarão alguém para o Céu. Tudo de que precisamos é fé e aceitar o dom da salvação. Leia Romanos 5:16 e 18.  -  O dom, entretanto, não é como no caso em que somente um pecou; porque o julgamento derivou de uma só ofensa, para a condenação; mas a graça transcorre de muitas ofensas, para a justificação.    -    Pois assim como, por uma só ofensa, veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também, por um só ato de justiça, veio a graça sobre todos os homens para a justificação que dá vida. 


Mãos à Bíblia
9. Leia 1 João 3:7  -   “Filhinhos, não deixem que ninguém os engane. Aquele que pratica a justiça é justo, assim como Ele é justo”


Que engano se propaga a respeito da salvação pela fé mediante a graça?


10. Qual é a evidência de que vivemos a salvação em Jesus Cristo? 


1Jo 2:3-6 -   Ora, sabemos que o temos conhecido por isto: se guardamos os seus mandamentos. Aquele que diz: Eu o conheço e não guarda os seus mandamentos é mentiroso, e nele não está a verdade. Aquele, entretanto, que guarda a sua palavra, nele, verdadeiramente, tem sido aperfeiçoado o amor de Deus. Nisto sabemos que estamos nele: aquele que diz que permanece nele, esse deve também andar assim como ele andou.


Quando se levanta a questão da obediência, não é incomum alguém assinalar que não somos salvos pelas obras. Embora não possa haver nenhuma dúvida de que a obediência de Lúcifer à vontade de Deus não o colocou no Céu, devemos ter em mente que foi sua desobediência que o levou a ser expulso. O mesmo se pode dizer de Adão e Eva. A obediência deles não os pôs no Jardim do Éden, mas foi a desobediência à vontade de Deus que resultou em sua expulsão do jardim.

Larissa Gredig Warburton, Austrália



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