A conta em questão envolve nossa justiça. Quando o pecado entrou no mundo, a humanidade passou a merecer a morte (Rm 6:23 - porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor). O pecado desequilibrou a justiça divina, e resultou um custo. O problema foi, e ainda é, que Deus não apenas valoriza a justiça como parte de Seu caráter e reino, mas também valoriza o amor.
Porque a valorização do amor por parte de Deus foi colocada contra Sua valorização da justiça, algo tinha de ceder. Em Sua misericórdia e amor Ele clamou: “Como posso desistir de você?... Despertou-se toda a Minha compaixão” (Os 11:8, NVI). O amor de Deus não pode conceber a perda dos seres humanos. Assim, para retificar “o problema do pecado”, Sua contabilidade criativa veio à existência.
Jesus, Deus encarnado, veio à Terra morrer em nosso lugar, vivendo uma vida perfeita e morrendo nossa morte. Por esse processo, Ele absorveu o custo do pecado, que é a morte eterna.
“A graça de Cristo e a Lei de Deus são inseparáveis. Em Jesus a misericórdia e a verdade se encontraram, a justiça e a paz se beijaram” (Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 349). “O dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus nosso Senhor” (Rm 6:23, NVI). Esse dom é para todos os que aceitarem a morte de Jesus por seus pecados.
Todos nós temos oportunidade de seguir a justiça natural ou a justiça divina. A justiça natural é quando o salário do pecado é pago por nossa morte eterna. A justiça divina veio através do sacrifício de Jesus, possibilitando que os débitos batam com os créditos no livro-razão celestial. Tem que haver e haverá prestação de contas pelo custo do pecado. Há, porém, um fator limitador. A limitação não está com Deus (pois o custo já foi pago), mas com os seres humanos. Foi feita provisão para que todos fossem salvos. Mas Deus, a fim de ser verdadeiramente justo, nos permite aceitar Seu dom ou rejeitá-lo.
Nossa justiça foi paga, mas terá que ser verificada quando as contas finalmente passarem por auditoria e confirmação. Nossa justiça, em e por si mesma, é totalmente inadequada. É somente quando vivemos em Jesus e aceitamos Sua justiça que podemos ser considerados justos. A contabilidade criativa de Deus será o tema estudado por toda a eternidade.
Mãos à obra |
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Desré Nikolich | Sydney, Austrália
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