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quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

A bênção da fidelidade






Em Mateus 25:1-13, Cristo usa a história das dez virgens para ilustrar a fidelidade no povo de Deus por ocasião da volta de Cristo. Os que estão prontos para a segunda vinda de Jesus são os que fielmente se prepararam para ela.


Lealdade – fidelidade inamovível (Mt 25:1-13). 


Quando entramos em união com Cristo, devemos fazê-lo com um senso de lealdade e confiabilidade. Essas duas características não só nos ajudarão a crescer nEle, mas também nos ajudam a ter bons relacionamentos com nossos familiares, amigos e colegas de trabalho. Se não somos leais a nosso Pai celestial e nosso Salvador, não poderemos adorá-Lo da maneira como devemos fazê-lo. Em vez disso, seremos como os fariseus e escribas que deixaram de demonstrar inabalável lealdade ao Deus que afirmavam servir (Mt 15:1-20).


Constância – liberdade da incerteza 


Lc 16:10  -  Quem é fiel no pouco também é fiel no muito; e quem é injusto no pouco também é injusto no muito. 


1Ts 5:23, 24  -   O mesmo Deus da paz vos santifique em tudo; e o vosso espírito, alma e corpo sejam conservados íntegros e irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo. Fiel é o que vos chama, o qual também o fará.


À medida que a igreja primitiva crescia, os crentes às vezes vendiam parte de suas posses a fim de repartir com membros que tinham pouco ou nada (At 4:32-36). Esse comportamento exibia grande fidelidade à causa de Deus e refletia o caráter dos verdadeiros crentes. Por outro lado, o caráter de Ananias e sua esposa Safira (At 5:1-11) mostra claramente o fruto que Satanás havia desejado plantar no coração das pessoas desde o início do tempo. Muitas vezes nos defrontamos com a escolha de falar e agir com veracidade ou não, ou de nos desviarmos ou não das necessidades dos que nos rodeiam.


Cristo deseja que mostremos constante fidelidade, livre de toda incerteza, da mesma forma que Ele mostra verdadeira fidelidade a nós em tempos de felicidade, bem como em tempos de angústia. Se não formos fiéis, não poderemos nos considerar dignos das bênçãos reservadas para os santos. A fidelidade nos ajuda a purificar o coração, substituindo o mal pelo amor cristão, que também faz parte da cesta de frutos do Espírito Santo.


“Como Doador de todas as bênçãos, Deus requer certa porção de tudo quanto possuímos. ... Como podemos, pois, reivindicar Suas bênçãos, se retemos o que Lhe pertence? Como podemos esperar que nos confie coisas celestiais, se somos mordomos infiéis das terrenas? Pode ser que nisso esteja o segredo das orações não atendidas” (Ellen G. White, Parábolas de Jesus, p. 144).


Resolução – determinação inabalável (Hebreus 11). 


No Antigo Testamento, a fé é considerada uma resposta à revelação que Deus faz de Si mesmo na história e eventos humanos 


(Gn 15:6  -  Ele creu no SENHOR, e isso lhe foi imputado para justiça. 


2Cr 20:20  -  Pela manhã cedo, se levantaram e saíram ao deserto de Tecoa; ao saírem eles, pôs-se Josafá em pé e disse: Ouvi-me, ó Judá e vós, moradores de Jerusalém! Crede no SENHOR, vosso Deus, e estareis seguros; crede nos seus profetas e prosperareis.  


Hc 2:4  -  Eis o soberbo! Sua alma não é reta nele; mas o justo viverá pela sua fé. 


É por essa razão que os patriarcas e profetas conservaram viva sua esperança em Deus. Eles estavam determinados, sem qualquer dúvida, a confiar em Sua vontade.


No Novo Testamento, a fé ainda se baseia em Deus o Pai, por meio de Seu Filho 


(Mt 9:2229 - E Jesus, voltando-se e vendo-a, disse: Tem bom ânimo, filha, a tua fé te salvou. E, desde aquele instante, a mulher ficou sã. 


Jo 8:30  -  Ditas estas coisas, muitos creram nele.


At 3:16  -  Pela fé em o nome de Jesus, é que esse mesmo nome fortaleceu a este homem que agora vedes e reconheceis; sim, a fé que vem por meio de Jesus deu a este saúde perfeita na presença de todos vós. 


Mesmo para os discípulos, sua fidelidade era devido à inabalável determinação de buscar as coisas “que se esperam, a convicção de fatos que se não veem” (Hb 11:1).


Para todos os que buscam o Senhor para a salvação, a fé aceita o dom da graça de Deus. E é por meio da fé que entendemos melhor Seu caráter e nos tornamos semelhantes a Ele. Como os tempos dos profetas e apóstolos, que ficaram firmes pela fé, nosso tempo também é marcado pela decadência moral e espiritual, e nós também somos chamados a mostrar o tipo de fé que nos ajudará a vencer nossa batalha contra o pecado.


Fidelidade: uma condição para a salvação (Jo 5:24). 


Homens e mulheres de todas as esferas da vida dizem que estão salvos. Contudo, antes de sairmos dizendo isso, precisamos fazer um autoexame baseado nas Escrituras. Passaremos no teste? Ouvindo as palavras de Cristo, recebemos a certeza de que quem tem fé em Suas palavras, bem como em Deus o Pai, já passou da morte para a vida 


(Jo 5:24 - Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida).


À medida que se aproxima a segunda vinda de Cristo, nossa fé deve ser demonstrada em boas obras. A salvação é apenas um conceito, até que seja colocada em prática por atos que sejam firmes, dedicados e dignos de confiança. Isso foi o que Paulo proclamou aos romanos, dizendo: “Tudo que não provém da fé é pecado” (Rm 14:23). E Hebreus 11:5 diz que “sem fé é impossível agradar a Deus, porque quem dEle se aproxima precisa crer que Ele existe e que recompensa aqueles que O buscam”. Não há genuína fé sem atos de fidelidade; e onde há infidelidade, há deslealdade, incerteza, falta de determinação e condenação.


Mãos à Bíblia
4. Leia em Hebreus 11 a lista de personagens que dão exemplos de fidelidade. Escolha três e escreva como se revelou a fidelidade deles, mesmo em meio a lutas, provações e tentações. Embora as circunstâncias hoje sejam diferentes, os princípios envolvidos são os mesmos para nós como eram para os personagens em Hebreus?


Ora, a fé é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não vêem. Pois, pela fé, os antigos obtiveram bom testemunho. 
Pela fé, entendemos que foi o universo formado pela palavra de Deus, de maneira que o visível veio a existir das coisas que não aparecem. 
Pela fé, Abel ofereceu a Deus mais excelente sacrifício do que Caim; pelo qual obteve testemunho de ser justo, tendo a aprovação de Deus quanto às suas ofertas. Por meio dela, também mesmo depois de morto, ainda fala. 
Pela fé, Enoque foi trasladado para não ver a morte; não foi achado, porque Deus o trasladara. Pois, antes da sua trasladação, obteve testemunho de haver agradado a Deus. 
De fato, sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que se torna galardoador dos que o buscam. 
Pela fé, Noé, divinamente instruído acerca de acontecimentos que ainda não se viam e sendo temente a Deus, aparelhou uma arca para a salvação de sua casa; pela qual condenou o mundo e se tornou herdeiro da justiça que vem da fé. 
Pela fé, Abraão, quando chamado, obedeceu, a fim de ir para um lugar que devia receber por herança; e partiu sem saber aonde ia. Pela fé, peregrinou na terra da promessa como em terra alheia, habitando em tendas com Isaque e Jacó, herdeiros com ele da mesma promessa; porque aguardava a cidade que tem fundamentos, da qual Deus é o arquiteto e edificador. 
Pela fé, também, a própria Sara recebeu poder para ser mãe, não obstante o avançado de sua idade, pois teve por fiel aquele que lhe havia feito a promessa. Por isso, também de um, aliás já amortecido, saiu uma posteridade tão numerosa como as estrelas do céu e inumerável como a areia que está na praia do mar. 
Todos estes morreram na fé, sem ter obtido as promessas; vendo-as, porém, de longe, e saudando-as, e confessando que eram estrangeiros e peregrinos sobre a terra. Porque os que falam desse modo manifestam estar procurando uma pátria. E, se, na verdade, se lembrassem daquela de onde saíram, teriam oportunidade de voltar. Mas, agora, aspiram a uma pátria superior, isto é, celestial. Por isso, Deus não se envergonha deles, de ser chamado o seu Deus, porquanto lhes preparou uma cidade. 
Pela fé, Abraão, quando posto à prova, ofereceu Isaque; estava mesmo para sacrificar o seu unigênito aquele que acolheu alegremente as promessas, a quem se tinha dito: Em Isaque será chamada a tua descendência; porque considerou que Deus era poderoso até para ressuscitá-lo dentre os mortos, de onde também, figuradamente, o recobrou. 
Pela fé, igualmente Isaque abençoou a Jacó e a Esaú, acerca de coisas que ainda estavam para vir. 
Pela fé, Jacó, quando estava para morrer, abençoou cada um dos filhos de José e, apoiado sobre a extremidade do seu bordão, adorou. 
Pela fé, José, próximo do seu fim, fez menção do êxodo dos filhos de Israel, bem como deu ordens quanto aos seus próprios ossos. Pela fé, Moisés, apenas nascido, foi ocultado por seus pais, durante três meses, porque viram que a criança era formosa; também não ficaram amedrontados pelo decreto do rei. 
Pela fé, Moisés, quando já homem feito, recusou ser chamado filho da filha de Faraó, preferindo ser maltratado junto com o povo de Deus a usufruir prazeres transitórios do pecado; porquanto considerou o opróbrio de Cristo por maiores riquezas do que os tesouros do Egito, porque contemplava o galardão. 
Pela fé, ele abandonou o Egito, não ficando amedrontado com a cólera do rei; antes, permaneceu firme como quem vê aquele que é invisível. 
Pela fé, celebrou a Páscoa e o derramamento do sangue, para que o exterminador não tocasse nos primogênitos dos israelitas. Pela fé, atravessaram o mar Vermelho como por terra seca; tentando-o os egípcios, foram tragados de todo. 
Pela fé, ruíram as muralhas de Jericó, depois de rodeadas por sete dias. 
Pela fé, Raabe, a meretriz, não foi destruída com os desobedientes, porque acolheu com paz aos espias. 
E que mais direi? Certamente, me faltará o tempo necessário para referir o que há a respeito de Gideão, de Baraque, de Sansão, de Jefté, de Davi, de Samuel e dos profetas, os quais, por meio da fé, subjugaram reinos, praticaram a justiça, obtiveram promessas, fecharam a boca de leões, extinguiram a violência do fogo, escaparam ao fio da espada, da fraqueza tiraram força, fizeram-se poderosos em guerra, puseram em fuga exércitos de estrangeiros. Mulheres receberam, pela ressurreição, os seus mortos. Alguns foram torturados, não aceitando seu resgate, para obterem superior ressurreição; outros, por sua vez, passaram pela prova de escárnios e açoites, sim, até de algemas e prisões. Foram apedrejados, provados, serrados pelo meio, mortos a fio de espada; andaram peregrinos, vestidos de peles de ovelhas e de cabras, necessitados, afligidos, maltratados (homens dos quais o mundo não era digno), errantes pelos desertos, pelos montes, pelas covas, pelos antros da terra. Ora, todos estes que obtiveram bom testemunho por sua fé não obtiveram, contudo, a concretização da promessa, por haver Deus provido coisa superior a nosso respeito, para que eles, sem nós, não fossem aperfeiçoados. 

Saline Khavetsa Nairóbi, Quêni





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