Reencontro - saudades de você - oficial

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Cuidado!



Muitos cristãos não estão cientes dos perigos para nós que vêm através dos diversos tipos de mídia. A televisão, o rádio, as revistas e muitos sites da internet têm o objetivo de controlar nossa mente sem nem mesmo termos consciência disso. “Qualquer informação programada subliminarmente para seu subconsciente não encontra resistência. Essa informação subliminar é armazenada em seu cérebro com uma identificação que acionará uma reação retardada capaz de influenciar seu comportamento.”1 Essas mensagens são apresentadas a nós tão rapidamente na forma de palavras impressas, figuras ou vozes, que não nos conscientizamos delas. Saber sobre informações que estão programadas para nos alcançar de forma subliminar dá um significado adicional ao Salmo 101:3 - ("Não porei coisa injusta diante dos meus olhos; aborreço o proceder dos que se desviam; nada disto se me pegará"). É quase como se o salmista entendesse plenamente que o subconsciente pode absorver muitas coisas das quais a pessoa não está nem mesmo ciente.


A mídia procura definir a realidade para nós. Grande parte dela apresenta o pecado de maneiras excitantes. É como se os que estão trabalhando em vários setores da mídia fizessem esforço especial para degradar nossas faculdades mentais e espirituais. O perigo para nós é que os valores do mundo pecaminoso gradualmente moldam nossa maneira de pensar, e, então, acabam moldando nossa maneira de viver. É aí que ocorre a luta pelo domínio próprio. A mídia também pode amortecer nosso interesse pela meditação na Palavra de Deus e nossa capacidade para tal. Aqui está o que um escritor e ávido leitor tem a dizer sobre sua experiência pessoal: “O que a internet parece estar fazendo é cortando minha capacidade de concentração e contemplação. Minha mente agora espera captar informações da maneira como a web a proporciona: numa corrente de partículas que se move rapidamente.”2


1. Steven Jacobson, Mind Control in the United States.
2. The Atlantic. “Is Google making us stupid?”, Nicolas Carr. 
http://www.theatlantic.com/doc/200807/google (acessado em 12 de dezembro de 2008).


Mãos à obra
  1. Estude o poema “Se” de Rudyard Kipling (http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u92310.shtml), e considere como o conselho dele, e o de Paulo em Gálatas e Colossenses, podem ajudar você a viver uma vida de domínio próprio.
  2. Prepare uma lista das coisas que você fez em seu tempo de folga na semana passada. Avalie se cada atividade foi saudável ou não. Faça uma lista de alternativas positivas para cada item negativo. Pratique suas alternativas positivas.
  3. Convide um(a) amigo(a) que ajude você a começar um novo hábito bom. Corram juntos(as), partilhem dicas de alimentação, músicas, livros, atividades missionárias, pratiquem juntos(as) o controle da ira ou estratégias para enfrentar um vício. Comprometa-se com seu(sua) amigo(a) a praticar esse novo hábito por 40 dias seguidos.
  4. Peça a um(a) amigo(a) chegado(a) que mencione uma coisa que você faz habitualmente que esteja prejudicando a você mesmo(a) ou a outros. Discutam maneiras de você mudar esse comportamento, e criem um plano para isso.

Xhantilomzi Perseverance Mlamleli East London, África do Sul



quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

O fruto do Espírito Santo é mansidão





“Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a Terra” (Mt 5:5).


Prévia da semana: Quando os cristãos são confrontados com discussões ou provocações e respondem com mansidão, estão se comportando de maneira idêntica à de Cristo. Mansidão não é covardia. É a expressão da confiança no estilo de vida que prepara para o Céu. Tem o poder de abrandar a hostilidade e criar paz e harmonia. É um antídoto para o egoísmo.


Leitura adicional: O Maior Discurso de Cristo, p. 41-103



O que eles veem em você?


Um sábado após a igreja, um grupo de adventistas do sétimo dia a caminho de casa encontrou uma batida policial numa rua em Porto Príncipe, no Haiti. Quando os adventistas se aproximaram dos policiais, um deles disse que não havia necessidade de revistar esse grupo porque eles estavam usando roupas decentes e tinham Bíblias nas mãos. Com gratidão, os adventistas continuaram seu caminho.


Quando eu estava saindo do trabalho certa tarde, uma mulher parada num sinal abriu a porta do banco do passageiro. Ela não estava se sentindo bem, e estava começando a vomitar. Já que eu estava perto, corri para ajudá-la. Enquanto me aproximava, ouvi pessoas dizerem que ela estava grávida e não havia comido bem durante o dia. Fiquei surpreso ao ver como as outras pessoas do carro ficaram tão gratas por minha pequena ajuda. Foi só depois que notei que eu estava usando uniforme médico.


Pensando naqueles poucos segundos no sinal vermelho, qualquer pessoa que parasse para ajudar poderia estar inclinada a buscar louvor e reconhecimento. Contudo, o único louvor necessário foi o olhar que me deu a passageira que estava precisando de ajuda.


O que o mundo pensa quando vê você? Como as pessoas classificam você? Como alguém que dá frutos cristãos ou como uma árvore estéril? Prestar um simples ato de serviço, quando você sabe que colherá pouco ou nenhum elogio, ajuda o mundo a ver numa pessoa o fruto da mansidão e vai diferenciar você de quase qualquer outra pessoa. Como Jesus disse: “Toda árvore é reconhecida por seus frutos” (Lc 6:44, NVI). Que frutos você está produzindo hoje?


O estudo desta semana nos ajudará a compreender melhor o fruto da mansidão e como cultivá-lo.


Mãos à Bíblia
1. “Tomai sobre vós o Meu jugo e aprendei de Mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma” (Mt 11:29). O que Jesus está nos dizendo nesse verso? Como a mansidão e humildade de coração nos trazem descanso?


Mansidão é a renúncia absoluta à batalha pelas nossas opiniões e a crença de que Deus lutará em nosso favor. A mansidão é o oposto da agressividade e do egoísmo. Tem origem na confiança na bondade e controle de Deus sobre a situação. A pessoa mansa não está preocupada com o EU (veja Lc 22:42 - dizendo: Pai, se queres, passa de mim este cálice; contudo, não se faça a minha vontade, e sim a tua). Essa é uma atitude-chave para a promessa de encontrar descanso.


2. Como Paulo descreve a mansidão? Rm 12:3  -   Porque, pela graça que me foi dada, digo a cada um dentre vós que não pense de si mesmo além do que convém; antes, pense com moderação, segundo a medida da fé que Deus repartiu a cada um.

Francia Bissereth Hyattsville, EUA



quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Poder mantido sob controle




Compreendendo a mansidão 


Mt 5:5  -   Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a terra


Mt. 11:29  - Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma. 


Quando a maioria das pessoas ouve a palavra “manso”, faz a imagem mental do macarrão cozido. Um amigo meu brinca, dizendo: “Os mansos herdarão a Terra... se isso estiver bem para todas as outras pessoas.” Contudo, quando olhamos para a palavra grega traduzida como “manso” – praus –, vemos um significado realmente diferente. O primeiro significado descreve um equilíbrio entre extremos emocionais. Em outras palavras, a mansidão significaria um equilíbrio entre ira insuficiente e ira demasiada. Quando a Bíblia nos diz: “Quando vocês ficarem irados, não pequem!” (Ef 4:26, NVI), está dizendo que há uma forma justa e justificável de ira. Como cristãos, é apropriado que nos sintamos irados com a injustiça no mundo, mas estaríamos errados em reagir de maneira “esquentada” a uma desfeita pessoal a nós. O primeiro significado de mansidão marca esse equilíbrio entre extremos emocionais.


O segundo e mais profundo significado de mansidão é quando ela descreve a dinâmica de um cavalo ou boi se acalmando e aceitando um necessário grau de controle por parte de seu dono. É aqui que encontramos um animal forte, que bem poderia esmagar seu proprietário, permitindo-se ser conduzido, treinado e dirigido pela vontade do dono. Ao declarar que a mansidão é um indicativo da vida cheia do Espírito, a Bíblia mostra assim que o cristão tem força, mas submete essa força à vontade de Deus.


A aversão dos seres humanos à mansidão 


1Co 2:14 -   Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente.


A natureza pecaminosa levanta sua horrível cabeça na forma da vontade própria. A natureza carnal não se permite ser domada nem subjugada por nada nem ninguém. Foi no Jardim do Éden que Eva, ao ouvir a voz da serpente, duvidou de Deus e exerceu sua própria vontade contra a vontade dEle. Ao fazer isso, ela foi contra o espírito de mansidão. Não permaneceu submissa a Deus. A maioria das pessoas concordaria que, como seres humanos, temos muita dificuldade com a submissão. A origem do pecado nos mostra que Deus concedeu o dom da mansidão a fim de que os seres humanos permanecessem em Sua vontade.


Jesus diz: “Sejam como Eu” (Mt 11:29). 


Jesus, nosso exemplo perfeito, veio ao mundo para nos mostrar o caminho da salvação. Sua vida foi de inteira entrega a Seu Pai celestial e confiança nEle. A Bíblia nos conta como Ele frequentemente orava a noite toda para obter força a fim de cumprir Sua missão. Assim, Ele nos convida a considerar o Seu jugo. Na época dEle, o jugo ou canga não era algo que você comprava no Wal-Mart de Jerusalém, na seção de cangas. Ao contrário, a canga era algo feito sob medida, que um carpinteiro especializado teria de fazer segundo especificações precisas, a fim de acomodar os animais que a usariam para puxar uma carga pesada. A canga em si não era o fardo, mas sim um instrumento que tornava o fardo mais fácil de carregar. Assim, em essência, Jesus está dizendo: “Enquanto vocês estiverem carregando esse fardo, deixem-Me dar a vocês uma canga, ou jugo, para ajudá-los. E, a propósito, Meu jugo é fácil.” Jesus também expressou isso da seguinte forma: “Neste mundo vocês terão aflições; contudo, tenham ânimo! Eu venci o mundo” (Jo 16:33, NVI).


Jesus não só advoga a mansidão, mas a personifica. Em sua busca para salvar a humanidade, Ele exemplificou a única maneira pela qual é possível entrar num relacionamento correto com Deus e experimentar verdadeira alegria – pela mansa entrega, que proporciona felicidade sem fim. Jesus poderia ter facilmente usado Seu poder para dominar Seus inimigos. Contudo, manteve esse poder sob a vontade controladora de Deus o Pai. É um engano pensar que podemos verdadeiramente ser felizes fora da vontade de Deus. A verdadeira felicidade pode ser encontrada apenas na entrega.


“Em seu estado de inocência mantinha o homem feliz comunhão com... [Deus]. Depois de pecar, porém, já não podia encontrar alegria na santidade, e procurou esconder-se da presença de Deus. Tal é ainda hoje o estado do coração não convertido. ... Se lhe fosse permitido entrar no Céu, este nenhuma alegria lhe proporcionaria. O espírito de abnegado amor que ali reina... não encontraria eco em sua alma. Seus pensamentos, seus interesses, seus motivos seriam bem diferentes dos que animam os imaculados habitantes dali” (Ellen G. White, Caminho a Cristo, p. 17, 18).
Jesus exemplificou essa entrega e nos convida a segui-Lo em mansidão.


A promessa dos mansos 


(Gn 1:28 -   E Deus os abençoou e lhes disse: Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todo animal que rasteja pela terra.


Sl 37:11  -   Mas os mansos herdarão a terra e se deleitarão na abundância de paz.


Mt 5:5  -  Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a terra. 


Gl 5:22, 23  -   Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei.


Se você já ficou pensando por que os santos herdarão a Terra, não é o único. Nossos primeiro pais receberam de Deus a ordem de encher a Terra e sujeitá-la. O pecado mudou tudo isso. Contudo, também encontramos no Antigo Testamento um apelo aos seres humanos para que submetam novamente a vontade a Deus, baseados na seguinte promessa: “Mas os mansos herdarão a Terra e se deleitarão na abundância de paz” (Sl 37:11). A vida de Jesus na Terra nos mostrou o que é a verdadeira mansidão. Em Gálatas, a promessa de os mansos herdarem a Terra é renovada, de forma que agora, por meio do Espírito, podemos receber esse fruto.


Mãos à Bíblia
Abraão enfrentou uma crise ao decidir com seu sobrinho, Ló, como repartir a terra. Mas ele permitiu que Ló escolhesse primeiro. José foi vendido como escravo ao Egito por seus irmãos. Como a mansidão de José determinou sua maneira de tratar os irmãos? Davi foi ungido para ser rei de Israel e o rei Saul procurou matá-lo. Em duas ocasiões, Davi teve a oportunidade de matar Saul (1Sm 24:3-726:7-12). Se Davi não fosse manso, qual poderia ter sido seu raciocínio para matar Saul? Em Números 12:3, Moisés é descrito como o homem mais manso de seu tempo. Mas quando Israel adorou o bezerro de ouro, sua ira se acendeu e ele tomou o bezerro, queimou-o, reduziu-o a pó, espalhou as cinzas sobre a água e a deu para que os filhos de Israel bebessem (Êx 32:19, 20). Evidentemente, Jesus é o maior modelo de mansidão (Mt 11:29). Quais são alguns dos exemplos de Sua mansidão? Mas encontramos exemplos de Jesus fazendo coisas que não parecem ser mansas, como quando Ele expulsou os cambistas do templo. Como esses exemplos nos ajudam a entender que a mansidão pode se manifestar de maneira muito corajosa?


Kendall Turcios Houston, EUA



terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Mansidão: evidência inequívoca




“A mansidão é um fruto do Espírito, e uma evidência de que somos ramos do Deus vivo. A presença permanente da mansidão é uma evidência inequívoca de que somos ramos da Videira verdadeira e estamos dando muito fruto. É uma evidência de que estamos, pela fé, contemplando o Rei em Sua beleza e estamos sendo transformados à Sua semelhança. Onde existe a mansidão, as tendências naturais estão sob o controle do Espírito Santo. A mansidão não é uma espécie de covardia. É o espírito que Cristo manifestou quando sofria injúrias e suportava insultos e abusos. Ser manso não é desistir de nossos direitos; mas é a preservação do autocontrole sob a provocação para dar lugar à ira ou ao espírito de retaliação. A mansidão não permitirá que a paixão tome as rédeas.

“Quando Cristo foi acusado pelos sacerdotes e fariseus, preservou Seu autocontrole, mas decididamente tomou a posição de que as acusações deles eram inverídicas. Disse-lhes: ‘Quem de vós me convence de pecado?’ ‘Se falei mal, dá testemunho do mal; mas, se falei bem, por que Me feres?’ Ele sabia que Sua posição era correta. Quando Paulo e Silas foram espancados e lançados na prisão sem julgamento nem sentença, não abdicaram de seus direitos de ser tratados como cidadãos honestos. Quando houve um grande terremoto e os fundamentos da prisão foram abalados e as portas, abertas, e as cadeias de todos se soltaram, e os magistrados enviaram a notícia aos prisioneiros de que eles podiam partir em paz, Paulo fez um protesto e disse: ‘Sem ter havido processo formal contra nós, nos açoitaram publicamente e nos recolheram ao cárcere, sendo nós cidadãos romanos; querem agora, às ocultas, lançar-nos fora? Não será assim; pelo contrário, venham eles e, pessoalmente, nos ponham em liberdade. ... Então, foram ter com eles e lhes pediram desculpas; e, relaxando-lhes a prisão, rogaram que se retirassem da cidade.’ Através do ato de Paulo e Silas o nome de Deus foi magnificado e as autoridades foram humilhadas. Era necessário que a honra de Deus fosse vindicada nessa ocasião” (Ellen G. White, Signs of the Times, 22 de agosto de 1895).


Mãos à Bíblia
Mansidão é o oposto do orgulho. Existe hoje muita ênfase na importância de ter autoestima. Quando a autoestima ultrapassa os limites e se torna orgulho? A mansidão é necessária para receber a Palavra de Deus. Quem não tem espírito humilde não pode receber a Palavra de Deus, porque existe um conflito de interesses. A mansidão é necessária para o testemunho eficaz. “Santifiquem Cristo como Senhor em seu coração. Estejam sempre preparados para responder a qualquer pessoa que lhes pedir a razão da esperança que há em vocês. Contudo, façam isso com mansidão e respeito” (1Pe 3:15, 16, NVI). Mansidão dá glória a Deus. Primeira Pedro 3:4 diz: “Seja... o homem interior do coração, unido ao incorruptível trajo de um espírito manso e tranquilo, que é de grande valor diante de Deus.”

Lauren Halstrom Saginaw, EUA



Mansidão ou fraqueza





Mansidão não quer dizer fraqueza. Se quisesse dizer isso, seria impossível para um indivíduo forte herdar a Terra. À primeira vista, as pessoas da Bíblia que foram mansas pareciam ser submissas e ter se acovardado diante de uma autoridade. Porém, as aparências enganam. A mansidão está enraizada na lealdade a Deus somente e na obediência a Ele como nosso Juiz e Rei. Os cristãos sofrem provas e tribulação por causa de sua obediência. As pessoas mansas terão preocupações, mas se comunicarão com Deus e encontrarão conforto e força em Sua Palavra. A leitura da Bíblia e a oração as guiarão. Essas pessoas são capazes de herdar a Terra.


Uma definição de “manso” significa submisso. Traz a ideia de força sob controle. Abraão era manso. Se ele houvesse confiado em sua própria força, não teria considerado a ideia de sacrificar o filho, nem teria saído de casa para ir a um lugar desconhecido. Jó pode ter tido perguntas e dúvidas quando em tribulação, mas com mansidão ele foi capaz de dizer: “Louvado seja o nome do Senhor” (Jó 1:21). Se Jó houvesse confiado somente em sua força, teria amaldiçoado a Deus e morrido ali mesmo (Jó 2:9). A mansidão levou João Batista a dizer: “É necessário que Ele cresça e que eu diminua” (Jo 3:30, NVI). Não é isso que quer dizer mansidão? A força de Deus é perfeita, e Ele nos fortalecerá se permitirmos que o faça.


Pedro nos lembra que, como cristãos, somos “geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo exclusivo de Deus, para anunciar as grandezas dAquele que os chamou das trevas para a Sua maravilhosa luz” (1Pe 2:9, NVI). Pessoas como Abraão e Paulo sabiam que pertenciam à realeza. Podiam se regozijar em seu status privilegiado. Antes haviam estado em trevas, mas depois de haverem se submetido em mansidão à vontade de Deus, vieram para a Sua luz. Tinham desejo pelo reino que lhes estava prometido.


Por isso, meu amigo, seja amansado!


Mãos à Bíblia
A mansidão será manifestada em nosso relacionamento com os outros. Você pode pensar que é manso, mas isso não significa necessariamente que você seja.


3. Como a mansidão deve ser revelada em nossa vida? Por que a mansidão é tão importante nessas situações?



Eu, porém, vos digo: não resistais ao perverso; mas, a qualquer que te ferir na face direita, volta-lhe também a outra; (Mat. 5:39)

Então, Pedro, aproximando-se, lhe perguntou: Senhor, até quantas vezes meu irmão pecará contra mim, que eu lhe perdoe? Até sete vezes? Respondeu-lhe Jesus: Não te digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete. (Mat. 18:21-22)

Irmãos, se alguém for surpreendido nalguma falta, vós, que sois espirituais, corrigi-o com espírito de brandura; e guarda-te para que não sejas também tentado. (Gál. 6:1)

Ora, é necessário que o servo do Senhor não viva a contender, e sim deve ser brando para com todos, apto para instruir, paciente, disciplinando com mansidão os que se opõem, na expectativa de que Deus lhes conceda não só o arrependimento para conhecerem plenamente a verdade, (2 Tim. 2:24-25)

não difamem a ninguém; nem sejam altercadores, mas cordatos, dando provas de toda cortesia, para com todos os homens. (Tito 3:2)

completai a minha alegria, de modo que penseis a mesma coisa, tenhais o mesmo amor, sejais unidos de alma, tendo o mesmo sentimento. Nada façais por partidarismo ou vanglória, mas por humildade, considerando cada um os outros superiores a si mesmo. (Filip. 2:2-3)

Samuel Pegus Adelphi, EUA




segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Uma vogal faz toda a diferença





Há um ditado em espanhol que diz o seguinte: “Manso, pero no menso” (manso, mas não tolo). Em espanhol, só uma vogal é que faz a diferença entre as duas palavras “manso” e “menso”. Contudo, na prática, há um abismo entre elas. Para muitos cristãos, o dom de Jesus de ser “manso e humilde de coração” (Mt 11:29, NVI) é um dos dons mais difíceis de se aceitar e exemplificar. Talvez a razão não seja a indisposição para tanto, mas a compreensão que se tem sobre o que a mansidão envolve.


O Dicionário Merriam-Webster define manso como “deficiente em espírito e coragem: submisso”; e “não... forte”. Essas definições são negativas. Fazem parecer que pessoas mansas são capachos silenciosos para ser pisados por pessoas fortes e competentes. E, se formos totalmente honestos, nenhum de nós conscienciosamente se apresentaria para essa posição de capacho.


Finalmente, sede todos de igual ânimo, compadecidos, fraternalmente amigos, misericordiosos, humildes, não pagando mal por mal ou injúria por injúria; antes, pelo contrário, bendizendo, pois para isto mesmo fostes chamados, a fim de receberdes bênção por herança. Pois quem quer amar a vida e ver dias felizes refreie a língua do mal e evite que os seus lábios falem dolosamente; aparte-se do mal, pratique o que é bom, busque a paz e empenhe-se por alcançá-la. Porque os olhos do Senhor repousam sobre os justos, e os seus ouvidos estão abertos às suas súplicas, mas o rosto do Senhor está contra aqueles que praticam males. Ora, quem é que vos há de maltratar, se fordes zelosos do que é bom? Mas, ainda que venhais a sofrer por causa da justiça, bem-aventurados sois. Não vos amedronteis, portanto, com as suas ameaças, nem fiqueis alarmados; antes, santificai a Cristo, como Senhor, em vosso coração, estando sempre preparados para responder a todo aquele que vos pedir razão da esperança que há em vós, fazendo-o, todavia, com mansidão e temor, com boa consciência, de modo que, naquilo em que falam contra vós outros, fiquem envergonhados os que difamam o vosso bom procedimento em Cristo, porque, se for da vontade de Deus, é melhor que sofrais por praticardes o que é bom do que praticando o mal. Pois também Cristo morreu, uma única vez, pelos pecados, o justo pelos injustos, para conduzir-vos a Deus; morto, sim, na carne, mas vivificado no espírito (1 Pedro 3)


Contudo, em 1 Pedro 3, Jesus diz que a mansidão é de grande valor para Deus. Portanto, é imperativo que a obtenhamos. Por meio do exemplo de Jesus, podemos aprender que a mansidão não é somente revelada nas coisas que fazemos, mas em como as fazemos. Nossa atitude determina se somos mansos ou tolos. Ser manso envolve ter capacidade para reagir com aspereza, mas escolher não fazê-lo. Isso só pode ser realizado ao se seguir o exemplo de mansidão de Jesus. Eis aqui algumas maneiras pelas quais podemos fazê-lo:


Submeter-nos totalmente a Deus 


Jo 5:30 -  Eu nada posso fazer de mim mesmo; na forma por que ouço, julgo. O meu juízo é justo, porque não procuro a minha própria vontade, e sim a daquele que me enviou. 


Embora Jesus fosse um membro igual aos outros da Divindade, submeteu-Se completamente ao Pai e ao Espírito Santo. Quando enfrentamos uma situação difícil, nosso relacionamento com Deus desempenha um papel-chave em nossa maneira de reagir.


Colocar os outros antes de nós 


Fp 2:5-7 - Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana...


Jesus ofereceu tudo o que Ele era por nossa causa. Quando você vê outros passarem por uma situação desafiadora e tem os recursos para ajudá-los, então faça-o, mesmo que fazê-lo coloque você numa posição desconfortável.


Andar humildemente com Deus 


Mq 6:8 - Ele te declarou, ó homem, o que é bom e que é o que o SENHOR pede de ti: que pratiques a justiça, e ames a misericórdia, e andes humildemente com o teu Deus. 


Quando seguimos os requisitos alistados em Miquéias 6:8, nos permitimos ser agentes de transformação na vida de outras pessoas.


Deus deseja que sejamos pacientes e humildes, contudo, sempre prontos a combater o bom combate da fé. Com base nos padrões do mundo, podemos parecer tolos. Contudo, o Espírito de Deus, vivendo em nós, contrabalança a situação e faz toda a diferença.


Mãos à Bíblia
4. Como você entende as promessas e recompensas mencionadas nos textos seguintes? 



Os sofredores hão de comer e fartar-se; louvarão o SENHOR os que o buscam. Viva para sempre o vosso coração. (Sal. 22:26)

Guia os humildes na justiça e ensina aos mansos o seu caminho. (Sal. 25:9)

Mas os mansos herdarão a terra e se deleitarão na abundância de paz. (Sal. 37:11)

O SENHOR ampara os humildes e dá com os ímpios em terra. (Sal. 147:6)

Os mansos terão regozijo sobre regozijo no SENHOR, e os pobres entre os homens se alegrarão no Santo de Israel. (Isa. 29:19)

Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve. (Mat. 11:30)

Gladys S. Kelley Laurel, EUA




domingo, 21 de fevereiro de 2010

Paz na humildade





Muitas vezes, hesitamos em pedir conselhos a outros. E se fôssemos fazê-lo, primeiro gostaríamos de saber qual é a experiência, antecedentes, crenças, etc. da pessoa. Por que, afinal de contas, será que ela sabe do que está falando? Será que ela já passou pelo que você está passando? Será que ela realmente entende você?


É difícil simplesmente crer e seguir, deixar de lado toda a nossa experiência de vida e pensar que outra pessoa possa nos guiar em meio a uma crise ou dificuldade. Além disso, imagine se a pessoa que está dando o conselho também dissesse: “Faça o que eu digo, e carregue o meu fardo.” Isso é pedir bastante, não é? Requer que você se humilhe e creia verdadeiramente que a pessoa que está dando o conselho é completamente digna de confiança, fiel e, o mais importante, tem em mente o melhor para você.


Nosso Salvador, Mestre, Amigo e Senhor Jesus Cristo nos diz em Mateus 11:29: “Tomem sobre vocês o Meu jugo e aprendam de Mim, pois sou manso e humilde de coração, e vocês encontrarão descanso para as suas almas” (NVI). No verso 30, Jesus prossegue, dizendo que Seu fardo é leve. Imagino que Jesus tenha acrescentado isso porque Ele conhece nosso coração. Ele sabe que nossa primeira reação seria: “Tomar Seu jugo? De maneira alguma! Já tenho o suficiente sobre meus ombros!”


Jesus sabe que nosso “fardo” não é nada em comparação com o “fardo” dEle como Criador e Mantenedor. Ele também sabe que, quando você aceita o jugo dEle, seu fardo fica mais leve. DEle podemos aprender como encontrar descanso para nossa alma sendo gentis e humildes, em vez de cheios de justiça própria e críticos dos outros.


Não encontramos verdadeira paz adquirindo posses, dinheiro ou poder pessoal. Há prova disso na vida das celebridades de Hollywood. O mundo pode tirar de nós coisas materiais tão rapidamente quanto nos dá. Nossa cobiça natural é autodestrutiva e só leva a mais dor e problemas. Jesus lidera pelo exemplo e nos mostra que somente nos humilhando é que podemos herdar o reino de Deus.


Jesus é nosso exemplo de vida. A paz que Ele nos dá é um dom. Não podemos conquistá-la por boas obras ou por uma robusta conta bancária. Tudo o que podemos fazer é nos humilhar, louvá-Lo e crescer no fruto da mansidão modelados por nosso Senhor e Salvador, Rei e Amigo. Só então encontraremos paz que durará para sempre e vida que é eterna.


Andrew Gregory Stoner


quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

O fruto do Espírito Santo é fidelidade





“Não nos cansemos de fazer o bem. Pois, se não desanimarmos, chegará o tempo certo em que faremos a colheita” (Gl 6:9).


Prévia da semana: O fundamento da fé é a fidelidade de Deus. Ao confiar nEle, agimos pela fé naquilo que fazemos, dizemos e cremos.



A fé e a fidelidade testadas


O cenário é um acampamento no deserto de Pi-Hairote, entre Migdol e o Mar Vermelho. Os israelitas estão escapando da escravidão no Egito, e seus senhores estão agitados. Faraó tem sido teimoso, e enviou o exército de seu país para perseguir os escravos fugitivos.


Os israelitas, percebendo o perigo que têm atrás de si, começam a colocar a culpa em Moisés por sua situação difícil – o Mar Vermelho diante deles, o exército de faraó atrás. Moisés tem que engolir insultos de seu próprio povo; mas se volta para Deus, em quem tem se apoiado desde o incidente da sarça ardente (Êxodo 34). Em seu coração, Moisés sabe que Yahweh está no controle da situação. A fé dos israelitas se desvanece. Eles são incapazes de derrotar seus formidáveis inimigos. Moisés, contudo, embora perturbado pela inquietude deles, lhes assegura que tudo ficará bem.“Moisés ficou grandemente perturbado por seu povo manifestar tão pouca fé em Deus, apesar de terem repetidamente testemunhado a manifestação de Seu poder em favor deles. Como poderiam acusá-lo dos perigos e dificuldades de sua situação, quando ele havia seguido o mando expresso de Deus?” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 284).


Fidelidade é uma característica que torna as pessoas verdadeiras a suas promessas e compromissos. Como cristãos, entramos numa união com Cristo, e nos comprometemos a agir de acordo com Suas palavras. Embora vivamos num mundo materialista, egoísta, nossa capacidade de exercer fidelidade de maneira firme, imutável, depende de quanto confiamos em Cristo.


Nesta semana, aprenderemos sobre a fidelidade como fruto do Espírito Santo. Aprenderemos sobre o que é a fé e o que ela não é. No estudo desta semana, lembre-se de que “devemos, pela fé, agarrar a mão de Cristo e confiar nEle tão completamente nas trevas como à luz. ... A vida cristã deve ser de constante, viva fé. Uma confiança que não se renda e firme fé em Cristo trarão paz e certeza à alma” (Ellen G. White, Santificação, p. 90).


Mãos à Bíblia
Note alguns dos atributos da fidelidade de Deus: A fidelidade de Deus é de grande alcance em sua extensão – “Chega até os céus, até as nuvens, a Tua fidelidade” (Sl 36:5). A fidelidade de Deus é certa – “Jamais retirarei dele a Minha bondade, nem desmentirei a Minha fidelidade” (Sl 89:33). A fidelidade de Deus é grande – “Grande é a Tua fidelidade” (Lm 3:23). A fidelidade de Deus é estabelecida no Céu – “Pois disse eu: a benignidade está fundada para sempre; a Tua fidelidade, Tu a confirmarás nos Céus” (Sl 89:2).


1. Identifique as bênçãos que nos vêm como resultado da fidelidade de Deus:


a. 1Co 10:13  -  Não vos sobreveio tentação que não fosse humana; mas Deus é fiel e não permitirá que sejais tentados além das vossas forças; pelo contrário, juntamente com a tentação, vos proverá livramento, de sorte que a possais suportar. 

 b. 1Ts 5:23, 24  -  O mesmo Deus da paz vos santifique em tudo; e o vosso espírito, alma e corpo sejam conservados íntegros e irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo. Fiel é o que vos chama, o qual também o fará.
  
c. 2Ts 3:3  -   Todavia, o Senhor é fiel; ele vos confirmará e guardará do Maligno.

d. Hb 10:23   -   Guardemos firme a confissão da esperança, sem vacilar, pois quem fez a promessa é fiel. 




Alice Adhiambo Homa-bay, Quênia