Quando Deus criou a Terra, Ele formou um ambiente onde seríamos nutridos e cresceríamos em nosso relacionamento com Ele. Ele pretendia que desenvolvêssemos e cultivássemos um relacionamento íntimo com nosso Criador. Desejava que estivéssemos em tanta harmonia com Sua vontade que o louvor acontecesse de maneira tão natural como a respiração. Contudo, uma vez que o pecado entrou no mundo, esse ambiente perfeito acabou. Os seres humanos não mais respirariam a atmosfera santa. Foi cortada nossa ligação com Deus por Ele planejada para nossa felicidade. Então, começou uma luta vitalícia para religar-nos ao nosso Criador. Por meio de Sua vida e morte, nosso Salvador procurou retomar essa ligação e restaurar essa atmosfera. O resultado final será a restauração do ambiente perfeito na Nova Terra onde, uma vez mais, o louvor e a adoração irão fluir tão naturalmente como o respirar.
A vida dada por Deus (Gn 1:1, 2, 9-12, 10-26;
Se ocultas o rosto, eles se perturbam; se lhes cortas a respiração, morrem e voltam ao seu pó. (Sal. 104:29)
E te levantaste contra o Senhor do céu, pois foram trazidos os utensílios da casa dele perante ti, e tu, e os teus grandes, e as tuas mulheres, e as tuas concubinas bebestes vinho neles; além disso, deste louvores aos deuses de prata, de ouro, de bronze, de ferro, de madeira e de pedra, que não vêem, não ouvem, nem sabem; mas a Deus, em cuja mão está a tua vida e todos os teus caminhos, a ele não glorificaste. (Dan. 5:23)
Deus soprou nas narinas de Adão e Eva o fôlego (ar, atmosfera) de vida (Gn 2:6). Deu-lhes a vida e a capacidade de louvá-Lo. O princípio de sua vida foi o princípio do esforço de Deus para estabelecer um relacionamento íntimo conosco. Por meio de seu ambiente perfeito e da demonstração de Seu cuidado por eles, Ele Se esforçou para atrair Adão e Eva a Si e para inspirar um louvor sincero da parte deles. Tinham constantemente diante de si as evidências do poder criador de Deus. Após o pecado ter entrado no paraíso, eles se tornaram mais conscientes da verdade de que Deus tinha a vida deles em Suas mãos (Dn 5:23) e que Ele podia dar a vida e tirá-la, se julgasse apropriado (Sl 104:29). Essa verdade, conquanto não tivesse a intenção de criar medo neles, era vital para sua capacidade de distinguir entre o único Deus Criador verdadeiro e os muitos falsos ídolos que se apresentariam como deuses alternativos. Contudo, nunca foi intenção de Deus que eles alcançassem esse conhecimento. Seu plano perfeito era que vivessem para sempre numa atmosfera de adoração, louvor e vida.
A atmosfera original (Gn 1:1, 2, 9-12, 20-26).
Gênesis começa o relato da criação da humanidade e reforça a afirmação do poder criador de Deus. Aqui temos um vislumbre do que aconteceu quando o mundo começou. Vemos Deus gentil e deliberadamente criando um mundo perfeito. Era uma atmosfera imaculada na qual deveria ser nutrida a coroa de Sua criação – seres humanos criados à Sua imagem. Em tudo que os cercava, Adão e Eva encontraram evidências do poder criador, do amor e da compaixão de Deus. Enquanto ascendiam os alegres cantos dos pássaros “em louvor ao Criador, Adão e Eva uniam-se a eles em ações de graças ao Pai e ao Filho” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 50). Toda montanha e vale, cada nascer e pôr do sol, toda planta luxuriante e brisa suave lhes apontava o Criador e lhes inspirava o mais genuíno louvor do coração. Deus havia criado um ambiente que constantemente lhes lembrava Sua grandeza e motivava seu mais profundo e sincero louvor.
Vivendo para glorificar a Deus (Dn 5:23;
Digo-vos que, assim, haverá maior júbilo no céu por um pecador que se arrepende do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento. (Luc. 15:7)
Quando o pecado entrou na perfeita criação de Deus, a comunicação com Ele assumiu uma perspectiva diferente. Agora temos uma luta para manter uma mera imitação de ligação com nosso Criador. Diariamente precisamos nos esforçar para criar e sustentar uma atmosfera em que o louvor e a adoração venham tão naturalmente como a respiração. Para aquele que está se esforçando para estar continuamente ligado a Ele, “glorificar a Deus será o contínuo objetivo de sua vida” (Ellen G. White, A Maravilhosa Graça de Deus [MM 1974], p. 234).
O ser humano estará se aproximando diariamente dEle e irá “neste mundo habitar em atmosfera celestial, comunicando aos tristes e tentados da Terra pensamentos de esperança e santidade, vindo ele próprio a ficar em uma associação mais e mais íntima com o Ser invisível, semelhantemente àquele da antiguidade que andou com Deus, aproximando-se mais e mais do limiar do mundo eterno, e isto até que se abram os portais e ele ali entre” (Ellen G. White, Educação, p. 127). Aquele que está se esforçando para criar um ambiente terrestre que apoie o louvor e um espírito de adoração, ansiará pelo dia em que a ligação perdida será restaurada e a atmosfera perfeita será renovada.
Uma atmosfera renovada
E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram. (Apoc. 21:4)
No Apocalipse, os habitantes da Nova Terra são vistos louvando a Deus continuamente. “Tu, Senhor e Deus nosso, és digno de receber a glória, a honra e o poder, porque criaste todas as coisas” (Ap 4:11, NVI).
Diariamente, eles estarão na presença do Todo-poderoso que os criou e redimiu. Sua inclinação natural será louvar Aquele que fez tanto por eles. “Os resgatados entoam um cântico de louvor que ecoa repetidas vezes pelas abóbadas do Céu: ‘Salvação ao nosso Deus que está assentado no trono, e ao Cordeiro’” (Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 665). Não mais terão que lutar para manter uma ligação com seu Criador. Viverão para sempre numa atmosfera perfeitamente restaurada onde O adorarão e louvarão continuamente, “para todo o sempre” (Ap 5:13, NVI).
Mãos à Bíblia |
“Nem é [Deus] servido por mãos humanas, como se de alguma coisa precisasse; pois Ele mesmo é quem a todos dá vida, respiração e tudo mais” (At 17:25). 4. Que diz a Bíblia sobre a relação entre a vida e a respiração? Como, pois, pode o servo do meu senhor falar com o meu senhor? Porque, quanto a mim, não me resta já força alguma, nem fôlego ficou em mim. (Dan. 10:17); Se ocultas o rosto, eles se perturbam; se lhes cortas a respiração, morrem e voltam ao seu pó. (Sal. 104:29) Sai-lhes o espírito, e eles tornam ao pó; nesse mesmo dia, perecem todos os seus desígnios. (Sal. 146:4) O ar fresco de alta qualidade é mais apto para transferir oxigênio para o sangue através dos pulmões e para descartar o gás carbônico que o corpo produz. Esse ar de alta qualidade está mais disponível em ambientes naturais, em que estão presentes árvores, plantas e água corrente. As plantas absorvem o gás carbônico e, em troca, renovam o conteúdo de oxigênio do ar. Lembramos que Deus pôs Adão e Eva em um ambiente de jardim cercado por plantas de todos os tipos e regado por um rio que atravessava o jardim e se tornava a fonte dos grandes rios da Terra antediluviana. |
Jessica Marie White | Ooltewah, EUA
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