“Jornadeando de Jerusalém para Jericó, o viajante precisava passar por um trecho deserto da Judeia. O caminho descia por entre abruptos e pedregosos barrancos, e era infestado de ladrões, sendo frequentemente cena de violências. Aí foi o viajante atacado, despojado de tudo quanto levava de valor, ferido e machucado, sendo deixado meio-morto à beira do caminho. Enquanto assim jazia, passou o sacerdote por aquele caminho; mas apenas deitou um rápido olhar ao pobre ferido. Apareceu em seguida o levita. Curioso de saber o que acontecera, deteve-se e contemplou a vítima. Sentiu a convicção do que devia fazer; não era, porém, um dever agradável. Desejaria não haver passado por aquele caminho, de modo a não ter visto o ferido. Persuadiu-se a si mesmo de que nada tinha com o caso” (Ibid., p. 499).
O aspecto mais importante dessa história é a falta de preocupação para com o sofredor mostrada pelo levita e o sacerdote. “Ambos esses homens ocupavam postos sagrados, e professavam expor as Escrituras. Pertenciam à classe especialmente escolhida para servir de representantes de Deus perante o povo. Deviam ‘compadecer-se ternamente dos ignorantes e errados’ (Hb 5:2), para que pudessem levar os homens a compreender o grande amor de Deus para com a humanidade” (Ibid., p. 499, 500).
Em nossa época, somos chamados a praticar o tipo de amor requerido pelo Espírito de Deus. O levita e o sacerdote ouviram o ensino de Jesus sobre o amor, mas não colocaram em prática o que Ele ensinou. Da mesma forma, frequentemente temos interpretado mal a palavra amor. Contudo, “o amor de Deus no coração é a única fonte de amor para com o nosso semelhante. ... ‘Se nos amamos uns aos outros, Deus está em nós, e em nós é perfeita a Sua caridade’ (1 Jo 4:20 e 12)” (Ibid., p. 505).
Mãos à Bíblia |
4. Em que o conselho de Jesus é superior à atitude de Seus contemporâneos? Qual foi Seu argumento para essa nova posição? Mt 5:43-48 - Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo. Eu, porém, vos digo: amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem; para que vos torneis filhos do vosso Pai celeste, porque ele faz nascer o seu sol sobre maus e bons e vir chuvas sobre justos e injustos. Porque, se amardes os que vos amam, que recompensa tendes? Não fazem os publicanos também o mesmo? E, se saudardes somente os vossos irmãos, que fazeis de mais? Não fazem os gentios também o mesmo? Portanto, sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste. Inimigo é um oponente, rival, concorrente, desafiante, contendor. Inimigo é quem nos odeia ou nos maltrata. Pode até ser o cônjuge ou outro membro da família. Às vezes, aqueles com quem trabalhamos lado a lado podem começar a nos considerar oponentes. Inimigo pode ser alguém por quem tivemos grande consideração por um bom tempo, ou pode até ser alguém em nossa igreja. Precisamos perceber que inimigo é qualquer pessoa que provoca aflição suficiente para nos tentar à vingança. 5. Que outros conselhos encontramos a respeito da necessidade de expressar amor? (Prov. 15:1) A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira. (Prov. 25:21) Se o que te aborrece tiver fome, dá-lhe pão para comer; se tiver sede, dá-lhe água para beber, (1 Ped. 3:9) não pagando mal por mal ou injúria por injúria; antes, pelo contrário, bendizendo, pois para isto mesmo fostes chamados, a fim de receberdes bênção por herança. |
Esther Aoko | Kendu Bay, Quênia
Nenhum comentário:
Postar um comentário