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quarta-feira, 2 de junho de 2010

Sua vida está alinhada com a de Deus?






Uma definição básica de integridade é esta: quando seu modo de agir combina com suas palavras. E a integridade bíblica é quando seu modo de agir combina com a Palavra de Deus, quando sua vida está alinhada com a vontade e os caminhos dEle. Vamos considerar algumas pessoas da Bíblia que viveram conforme o coração do Pai.


Alinhando nossos papéis


(Potifar tudo o que tinha confiou às mãos de José, de maneira que, tendo-o por mordomo, de nada sabia, além do pão com que se alimentava. José era formoso de porte e de aparência. Aconteceu, depois destas coisas, que a mulher de seu senhor pôs os olhos em José e lhe disse: Deita-te comigo. Ele, porém, recusou e disse à mulher do seu senhor: Tem-me por mordomo o meu senhor e não sabe do que há em casa, pois tudo o que tem me passou ele às minhas mãos. Ele não é maior do que eu nesta casa e nenhuma coisa me vedou, senão a ti, porque és sua mulher; como, pois, cometeria eu tamanha maldade e pecaria contra Deus? Falando ela a José todos os dias, e não lhe dando ele ouvidos, para se deitar com ela e estar com ela, sucedeu que, certo dia, veio ele a casa, para atender aos negócios; e ninguém dos de casa se achava presente. Então, ela o pegou pelas vestes e lhe disse: Deita-te comigo; ele, porém, deixando as vestes nas mãos dela, saiu, fugindo para fora. (Gên. 39:6-12)


José tinha dois papéis básicos. Ele era filho de Deus e gerente da casa de Potifar. Porque seus papéis estavam em alinhamento com sua lealdade em primeiro lugar a Deus e em segundo lugar aos seres humanos, ele foi capaz de resistir aos avanços sexuais da esposa de Potifar.


Alguns poderiam dizer: “Mas veja o que ele ganhou com sua integridade: a prisão!” Sim, a curto prazo a integridade muitas vezes leva a um caminho difícil. Contudo, a longo prazo nunca nos arrependeremos de colocar Deus em primeiro lugar. No fim, José se tornou o homem da confiança de Faraó (ver Gênesis 40 e 41). Ele se tornou uma bênção para a casa de seu pai.


Alinhando nossos ressentimentos


Tendo Saul voltado de perseguir os filisteus, foi-lhe dito: Eis que Davi está no deserto de En-Gedi. Tomou, então, Saul três mil homens, escolhidos dentre todo o Israel, e foi ao encalço de Davi e dos seus homens, nas faldas das penhas das cabras monteses. Chegou a uns currais de ovelhas no caminho, onde havia uma caverna; entrou nela Saul, a aliviar o ventre. Ora, Davi e os seus homens estavam assentados no mais interior da mesma. Então, os homens de Davi lhe disseram: Hoje é o dia do qual o SENHOR te disse: Eis que te entrego nas mãos o teu inimigo, e far-lhe-ás o que bem te parecer. Levantou-se Davi e, furtivamente, cortou a orla do manto de Saul. Sucedeu, porém, que, depois, sentiu Davi bater-lhe o coração, por ter cortado a orla do manto de Saul; e disse aos seus homens: O SENHOR me guarde de que eu faça tal coisa ao meu senhor, isto é, que eu estenda a mão contra ele, pois é o ungido do SENHOR. Com estas palavras, Davi conteve os seus homens e não lhes permitiu que se levantassem contra Saul; retirando-se Saul da caverna, prosseguiu o seu caminho. Depois, também Davi se levantou e, saindo da caverna, gritou a Saul, dizendo: Ó rei, meu senhor! Olhando Saul para trás, inclinou-se Davi e fez-lhe reverência, com o rosto em terra. Disse Davi a Saul: Por que dás tu ouvidos às palavras dos homens que dizem: Davi procura fazer-te mal? Os teus próprios olhos viram, hoje, que o SENHOR te pôs em minhas mãos nesta caverna, e alguns disseram que eu te matasse; porém a minha mão te poupou; porque disse: Não estenderei a mão contra o meu senhor, pois é o ungido de Deus. (1 Sam. 24:1-10)


Em Romanos, lemos: “Amados, nunca procurem vingar-se, mas deixem com Deus a ira, pois está escrito: ‘Minha é a vingança; Eu retribuirei’, diz o Senhor” (Rm 12:19, 
NVI). Davi mostrou integridade quando se recusou a permitir que ressentimentos contra Saul, o qual estava procurando matá-lo, o levassem pelo caminho da vingança pessoal.
Quantas vezes tentamos dar o troco, só para descobrir que nos tornamos mais amargos? Admito que alguns de nós podem ter sido ameaçados, abusados, molestados ou injustamente acusados. Mas o lado escuro de nos defendermos ou vingarmos é que acabamos presos na armadilha da ira, ressentimento e falta de perdão. Em contraste, a integridade bíblica é quando amamos nossos inimigos e oramos pelos que nos perseguem, colocando-os nas mãos de Deus e permitindo que Ele seja nosso vindicador.


Alinhando nossa adoração


Pareceu bem a Dario constituir sobre o reino a cento e vinte sátrapas, que estivessem por todo o reino; e sobre eles, três presidentes, dos quais Daniel era um, aos quais estes sátrapas dessem conta, para que o rei não sofresse dano. Então, o mesmo Daniel se distinguiu destes presidentes e sátrapas, porque nele havia um espírito excelente; e o rei pensava em estabelecê-lo sobre todo o reino. Então, os presidentes e os sátrapas procuravam ocasião para acusar a Daniel a respeito do reino; mas não puderam achá-la, nem culpa alguma; porque ele era fiel, e não se achava nele nenhum erro nem culpa. Disseram, pois, estes homens: Nunca acharemos ocasião alguma para acusar a este Daniel, se não a procurarmos contra ele na lei do seu Deus. Então, estes presidentes e sátrapas foram juntos ao rei e lhe disseram: Ó rei Dario, vive eternamente! Todos os presidentes do reino, os prefeitos e sátrapas, conselheiros e governadores concordaram em que o rei estabeleça um decreto e faça firme o interdito que todo homem que, por espaço de trinta dias, fizer petição a qualquer deus ou a qualquer homem e não a ti, ó rei, seja lançado na cova dos leões. Agora, pois, ó rei, sanciona o interdito e assina a escritura, para que não seja mudada, segundo a lei dos medos e dos persas, que se não pode revogar. Por esta causa, o rei Dario assinou a escritura e o interdito. Daniel, pois, quando soube que a escritura estava assinada, entrou em sua casa e, em cima, no seu quarto, onde havia janelas abertas do lado de Jerusalém, três vezes por dia, se punha de joelhos, e orava, e dava graças, diante do seu Deus, como costumava fazer. (Dan. 6:1-10)


Como Davi, Daniel acreditou que Deus seria seu vindicador. Seu próprio nome diz: “Deus é meu Juiz”. E por meio de uma compreensão experimental da justiça, proteção e provisão de Deus (Daniel 1, 2, 5), Daniel chegou ao ponto de uma integridade radical na adoração. Quando teve que enfrentar a ameaça de ser jogado aos leões, continuou adorando a Deus, porque havia passado a vida toda aprendendo a confiar nEle como seu defensor.


Como adventistas, somos chamados a proclamar a mensagem: “Temam a Deus e glorifiquem-nO, pois chegou a hora do Seu juízo. Adorem Aquele que fez os céus, a terra, o mar e as fontes das águas” (Ap 14:7, NVI). Como Davi e Daniel, somos um povo que adora a Deus porque Ele é nosso Juiz. E a despeito do que outros possam dizer ou fazer a nós, nosso modo de vida deve se tornar nosso modo de adoração.


Alinhando nossa identidade. 


A adoração era certamente o modo de vida de Jesus. E a razão pela qual Ele adorava com tal integridade era porque Sua identidade estava alinhada com a Palavra de Seu Pai. Em Seu batismo, o Pai declarou: “Este é o Meu Filho amado, em quem Me agrado” (Mt 3:17, NVI). E quando tentado pelo diabo a transformar as pedras em pães, Cristo declarou: “Nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus” (Mt 4:4, NVI).


Em outras palavras, Satanás disse: “Se você é Filho de Deus, prove-o transformando as pedras em pães.” Mas Cristo compreendia que nossa identidade não é definida pelo que fazemos, mas pelo que Deus fez, pelo que Deus disse. E Deus declara a nós que em Cristo somos Seus amados!


Quando o Céu foi aberto aos seres humanos, e Deus disse: “Este é o Meu Filho amado, em quem Me agrado”, Ele disse isso a nós. Como resultado, suas orações, através da fé em seu Substituto, Jesus Cristo, são aceitas pelo Pai.1


Fora de alinhamento


Por causa disso, os entregou Deus a paixões infames; porque até as mulheres mudaram o modo natural de suas relações íntimas por outro, contrário à natureza; semelhantemente, os homens também, deixando o contacto natural da mulher, se inflamaram mutuamente em sua sensualidade, cometendo torpeza, homens com homens, e recebendo, em si mesmos, a merecida punição do seu erro. (Rom. 1:26-27)


Romanos pinta o quadro de um povo que experimentou uma quebra de integridade – um povo que perdeu sua identidade e se tornou desligado de Deus, e, em resultado disso, desligados uns dos outros, trocando as relações naturais pelas não naturais. Seu fracasso em confiar na Palavra e provisão de Deus levou à perversão moral e espiritual.


Alinhando nossas orações (Ef 3:14-21). 


O que podemos fazer quando a integridade se rompe? A oração de Paulo em Efésios 3 é uma forma poderosa de fortalecer nossa integridade e a integridade de outros. Ao orar para que outros encontrem inteireza em nós, somos fortalecidos. Ao orar para que eles conheçam o “amor de Cristo que excede todo conhecimento”, nos vemos perdidos nas profundezas de Seu amor.


“A mais elevada glória de Cristo sobre Seu trono soberano hoje é a glória de Sua intercessão prevalecente... Não há papel mais semelhante ao de Cristo do que ser um cointercessor com Cristo pelas prioridades de Seu coração. De nenhuma outra forma o cristão pode ser de maior força e bênção para a igreja de Cristo. De nenhuma outra forma você pode fazer mais para avançar o reino de Cristo e trazer glória ao nome de Jesus.”2


1. The Ellen G. White 1888 Materials, “Sabbath Talk” (1987), c. 12, p. 124.
2. Wesley Dewel, Mighty Prevailing Prayer, p. 27.


Mãos à Bíblia
Nossa vida pode ser semelhante a um barco em que há apenas uma peça de madeira apodrecida. Podemos ser muito sólidos, muito féis, muito firmes e sem vacilar em muitos aspectos. Mas, por causa de uma única área que não entregamos ao Senhor, uma área pecaminosa que procuramos manter, podemos nos achar em profundas dificuldades morais, espirituais e até físicas.


3. Qual é a fonte de recursos para sermos vitoriosos? 


Por esta causa, me ponho de joelhos diante do Pai, de quem toma o nome toda família, tanto no céu como sobre a terra, para que, segundo a riqueza da sua glória, vos conceda que sejais fortalecidos com poder, mediante o seu Espírito no homem interior; e, assim, habite Cristo no vosso coração, pela fé, estando vós arraigados e alicerçados em amor, a fim de poderdes compreender, com todos os santos, qual é a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade e conhecer o amor de Cristo, que excede todo entendimento, para que sejais tomados de toda a plenitude de Deus. Ora, àquele que é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos, conforme o seu poder que opera em nós, a ele seja a glória, na igreja e em Cristo Jesus, por todas as gerações, para todo o sempre. Amém! (Efés. 3:14-21)


Como nossa integridade pessoal pode ser fortalecida? Como podemos experimentar essas promessas em nossa vida?


James G. Moon | La Jara, EUA





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