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quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Chamados para adorar






Com a construção do tabernáculo, Deus deixou claro Seu intento de estar ativamente envolvido no desenvolvimento e crescimento dos israelitas. Embora Ele houvesse conversado com Moisés antes de manifestar Sua presença no tabernáculo, talvez desejasse um lugar de encontro para que pudesse sempre ser “encontrado” por todos. Ele desejava um relacionamento, não só com Moisés, mas com todo o povo de Israel. E esse relacionamento devia ser especial.


Lealdade e dedicação (Nm 7). Na dedicação do altar, o líder de cada tribo trouxe uma oferta. Cada um dos 12 líderes trouxe exatamente a mesma dádiva, o que torna o livro de Números um pouco maçante de se ler. Para Deus, contudo, cada dádiva de adoração é especial e é notada, mesmo que sejam apenas duas moedinhas (Leia Mc 12:42-44). Deus não exige mais adoração de uma pessoa que de outra. O valor de nossas dádivas para Deus é determinado não pelo valor que a sociedade dá a elas, mas pelo grau em que elas representam o sacrifício próprio.


Mc 12:42-44  -  Vindo, porém, uma viúva pobre, depositou duas pequenas moedas correspondentes a um quadrante. E, chamando os seus discípulos, disse-lhes: Em verdade vos digo que esta viúva pobre depositou no gazofilácio mais do que o fizeram todos os ofertantes. Porque todos eles ofertaram do que lhes sobrava; ela, porém, da sua pobreza deu tudo quanto possuía, todo o seu sustento. 


Essa litania de ofertas em Números 7 também nos lembra a importância de darmos, e de demonstrarmos, de maneiras tangíveis, nossa lealdade e dedicação a nosso Criador e Salvador.


Partilhando do trabalho (Nm 7:1-10). Após a unção e consagração do tabernáculo, os líderes das 12 tribos voluntariamente trouxeram bois e carroças para o tabernáculo. As famílias de Gérson, Merari e Coate eram responsáveis pelo transporte do tabernáculo (Nm 4). Essa não era uma tarefa fácil, mas os bois e carroças ajudariam nesse trabalho.


Pelas ofertas levadas para o novo santuário, aprendemos que todo o povo participou de alguma forma. Isso nos mostra que aquele era realmente um santuário para eles.


Adoração conjunta (Nm 8:5-1319). Em Números 8:5-13, lemos sobre a dedicação dos levitas. No verso 10, os filhos de Israel deviam impor as mãos sobre a cabeça dos levitas. “Este era um ato representativo. Alguns comentaristas acham que talvez tenha sido realizado pelos príncipes, transferindo para os levitas as obrigações da congregação ligadas aos serviços do tabernáculo. Os levitas foram dedicados a Deus em lugar dos primogênitos; e como toda a família era santificada através do primogênito, também toda a congregação se beneficiou.”1


Os levitas eram responsáveis pelos serviços do santuário. Contudo, isso não significava que o restante de Israel não mais precisava render adoração. Ao contrário, isso era para que a comunidade de Israel pudesse adorar mais. Um dos principais deveres dos levitas era fazer expiação pelos pecados que os israelitas cometiam, permitindo assim que o povo se aproximasse do santuário em segurança (v. 19) para adorar a Deus. Separando os levitas para o serviço do santuário, Deus estava dando à comunidade de Israel a liberdade de adorá-Lo sem medo ou reservas.


As lâmpadas (Nm 8:1-3). Parece ter sido de conhecimento comum que as lâmpadas seriam usadas para iluminar o interior do tabernáculo, a fim de ajudar os sacerdotes a fazer seu trabalho lá dentro. Dos móveis do tabernáculo, as lâmpadas são a única coisa mencionada nessa seção de Números. As instruções dadas aqui quase parecem fora de lugar em meio a todas as ofertas, a dedicação e os sacrifícios que estavam acontecendo. A importância das lâmpadas, interiores ou exteriores, não pode ser contestada. E Deus desejava Se certificar de que os levitas conseguiriam cumprir bem seus deveres enquanto estivessem no Lugar Santo.


Em visões mostradas a João, vemos candeeiros em torno de Jesus, e nos é dito que esses candeeiros representam a igreja (Ap 1:20). Essa não é a primeira vez em que a igreja é comparada a um candeeiro. Jesus também nos disse que devíamos servir de luz para o mundo (Mt 5:14-16). Nossa adoração consiste em levar outros a glorificar a Deus. Se nossa vida não levar outros a Deus, somos como uma vela debaixo de um cesto. “Cristo veio para dispersar as trevas e revelar o Pai. Essa mesma obra confiou Cristo a Seus discípulos. A luz brilha, não tanto para que os homens possam ver a luz, como para que possam ver outras coisas por causa da luz. Nossa luz deve brilhar, não para que os homens sejam atraídos a nós, mas para que possam ser atraídos a Cristo, a luz da vida, e às coisas importantes (Mt 6:31-34Jo 6:27; cf. Is 55:1, 2).”2


(Mt 6:31-34;    -   Portanto, não vos inquieteis, dizendo: Que comeremos? Que beberemos? Ou: Com que nos vestiremos? Porque os gentios é que procuram todas estas coisas; pois vosso Pai celeste sabe que necessitais de todas elas; buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas. Portanto, não vos inquieteis com o dia de amanhã, pois o amanhã trará os seus cuidados; basta ao dia o seu próprio mal.


Jo 6:27;   -   Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela que subsiste para a vida eterna, a qual o Filho do Homem vos dará; porque Deus, o Pai, o confirmou com o seu selo.


Is 55:1, 2)   -   Ah! Todos vós, os que tendes sede, vinde às águas; e vós, os que não tendes dinheiro, vinde, comprai e comei; sim, vinde e comprai, sem dinheiro e sem preço, vinho e leite. Por que gastais o dinheiro naquilo que não é pão, e o vosso suor, naquilo que não satisfaz? Ouvi-me atentamente, comei o que é bom e vos deleitareis com finos manjares.


Em Êxodo 19:6, Deus disse a Moisés que o povo de Israel foi chamado para ser uma nação de sacerdotes. E assim como o trabalho de um sacerdote é levar outros a adorar a Deus, a nação de Israel devia ajudar as nações da Terra a se aproximarem de Deus em adoração. Hoje em dia, esse é nosso dever também. Somos chamados a adorar, mas não devemos parar aí, pois a verdadeira adoração também envolve a ajuda às pessoas ao nosso redor para que desenvolvam seu relacionamento com Deus.


1. The Seventh-day Adventist Bible Commentary, v. 1, p. 852.
2. Ibid., v. 5, p. 331.





Mãos à Bíblia
No Santíssimo, a glória visível do Shekiná, pairando entre os querubins, representava a presença do Senhor. Os Dez Mandamentos embaixo do trono dos querubins atestavam a vontade divina, o fundamento da aliança entre Deus e Seu povo – e a base moral de Seu governo universal.


Êxodo 25:22  -  "Ali, virei a ti e, de cima do propiciatório, do meio dos dois querubins que estão sobre a arca do Testemunho, falarei contigo acerca de tudo o que eu te ordenar para os filhos de Israel.


Números 7:89  -  Quando entrava Moisés na tenda da congregação para falar com o SENHOR, então, ouvia a voz que lhe falava de cima do propiciatório, que está sobre a arca do Testemunho entre os dois querubins; assim lhe falava. 




2. Leia Êxodo 25:22 e Números 7:89. Tente imaginar como seria essa experiência. Você gostaria de ter esse encontro íntimo com Deus? O que faz você pensar que não seria completamente destruído se chegasse muito perto dEle? 


Veja Êx 20:19  -   Êx 20:19   -  Disseram a Moisés: Fala-nos tu, e te ouviremos; porém não fale Deus conosco, para que não morramos.


3. Em que sentido você pode hoje chegar ainda mais perto da presença de Deus? Veja Hb 4:14-16Como Jesus tornou possível essa aproximação?


Hb 4:14-16   -   Tendo, pois, a Jesus, o Filho de Deus, como grande sumo sacerdote que penetrou os céus, conservemos firmes a nossa confissão. Porque não temos sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; antes, foi ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado. Acheguemo-nos, portanto, confiadamente, junto ao trono da graça, a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna.


Autor: Gerald Christo II Tokuyama, Japão









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