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sexta-feira, 2 de julho de 2010

Apoio social e saúde




O plano original

Assim Deus criou os seres humanos; ele os criou parecidos com Deus. Ele os criou homem e mulher Gênesis 1:27

No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez. Jo 1:1-3

O plano original de Deus para a humanidade envolvia que fossem dedicados a Ele, seu amoroso Criador, em cuja imagem foram formados. Era igualmente Seu plano que os seres humanos se amassem uns aos outros da forma como Ele nos ama, altruisticamente. Na verdade, o relacionamento entre o Criador e as pessoas que Ele moldou com Suas próprias mãos devia ser de contínua interação e confiança, pois separados dEle os seres humanos não poderiam viver e ter saúde, tanto espiritual quanto física.

A necessidade de apoio

Porque nenhum de nós vive para si mesmo, nem morre para si.” Romanos 14:7

Pois o corpo não é feito de uma só parte, mas de muitas   1Co 12:14). 

A interação entre Deus e a humanidade no Jardim do Éden antes da Queda salienta a importância do relacionamento não só entre Deus e os seres humanos, mas entre um ser humano e outro. Sua saúde e felicidade, manifestas numa “capacidade para saber, vivenciar e amar” que “cresceria continuamente”, dependeria muito de seu relacionamento com o Criador e uns com os outros, e isto seria mostrado pelo fato de serem “fiéis à lei divina” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 51). Quando o relacionamento deles com Deus foi interrompido, começou um declínio, tanto físico quanto espiritual, em direção ao sofrimento e à morte. Fomos criados com uma capacidade e necessidade inatas de termos relacionamentos e companheirismo amoroso. “Pois nenhum de nós vive apenas para si, e nenhum de nós morre apenas para si” (Rm 14:7, NVI).

O fato é que todos nós pertencemos ao corpo de Cristo – a igreja – e, como tal, temos necessidade do apoio de cada membro desse corpo por meio de um relacionamento. Em sua primeira carta aos Coríntios 12:14, Paulo salienta que “o corpo não é composto de um só membro, mas de muitos”, enfatizando assim a natureza coletiva da família de Deus. Faz tempo demais que estamos falhando em viver à altura do potencial que Deus nos deu. Faz tempo demais que muitos têm estado cegados por seu próprio egoísmo e orgulho e, como resultado, muitos do corpo de Cristo estão doentes e carentes.

Restauração através de relacionamentos que apoiam

1Coríntios 13 (Canção ao amor)

1 Eu poderia falar todas as línguas que são faladas na terra e até no céu, mas, se não tivesse amor, as minhas palavras seriam como o som de um gongo ou como o barulho de um sino.
2  Poderia ter o dom de anunciar mensagens de Deus, ter todo o conhecimento, entender todos os segredos e ter tanta fé, que até poderia tirar as montanhas do seu lugar, mas, se não tivesse amor, eu não seria nada.
3  Poderia dar tudo o que tenho e até mesmo entregar o meu corpo para ser queimado, mas, se eu não tivesse amor, isso não me adiantaria nada.
4 Quem ama é paciente e bondoso. Quem ama não é ciumento, nem orgulhoso, nem vaidoso.
5  Quem ama não é grosseiro nem egoísta; não fica irritado, nem guarda mágoas.
6  Quem ama não fica alegre quando alguém faz uma coisa errada, mas se alegra quando alguém faz o que é certo.
7  Quem ama nunca desiste, porém suporta tudo com fé, esperança e paciência.
8 O amor é eterno. Existem mensagens espirituais, porém elas durarão pouco. Existe o dom de falar em línguas estranhas, mas acabará logo. Existe o conhecimento, mas também terminará.
9  Pois os nossos dons de conhecimento e as nossas mensagens espirituais são imperfeitos.
10  Mas, quando vier o que é perfeito, então o que é imperfeito desaparecerá.
11  Quando eu era criança, falava como criança, sentia como criança e pensava como criança. Agora que sou adulto, parei de agir como criança.
12  O que agora vemos é como uma imagem imperfeita num espelho embaçado, mas depois veremos face a face. Agora o meu conhecimento é imperfeito, mas depois conhecerei perfeitamente, assim como sou conhecido por Deus.
13  Portanto, agora existem estas três coisas: a fé, a esperança e o amor. Porém a maior delas é o amor.

O amor era o fundamento da obra de Cristo em restaurar tanto a saúde física quanto espiritual de muitas pessoas com quem entrava em contato. Amor era o meio pelo qual Ele Se ligava à humanidade num esforço de restaurar aquele relacionamento rompido que mergulhou a humanidade na morte. O amor transcende todos os nossos elevados ideais religiosos, e sem ele somos “como o som de um gongo ou como o barulho de um sino” (1Co 13:1).

Nos dias, semanas e meses de Seu ministério, Cristo estabeleceu para nós um exemplo a seguir – um exemplo de incansável serviço no sentido de restaurar vidas, corpos e mentes destroçados, animando-os com Suas palavras de ânimo e atos de bondade e generosidade. Como Seus seguidores, devemos, “em simpatia e compaixão, servir aos que necessitam de auxílio, buscando com abnegado zelo aliviar as misérias da humanidade sofredora” (Ellen G. White, A Ciência do Bom Viver, p. 104). Essa obra de restauração é feita com Cristo e através do amor e compaixão que Ele mostrou por nós através de Seu sacrifício na cruz. Paulo reconheceu a importância dessa obra em suas palavras aos gálatas, com as quais os admoesta
a levar “os fardos pesados uns dos outros e, assim, [cumprir] a lei de Cristo” (Gl 6:2, NVI).

O plano de ação  (Ef 4:1-16). 

Na carta aos efésios, Paulo provê a estrutura que devemos usar ao trabalharmos com Cristo na restauração da saúde e bem-estar daqueles com quem entramos em contato. Em Efésios 4:1 e 2, ele delineou medidas-chave que devemos ter cuidado em seguir. Primeiro, precisamos nos entregar completamente a Ele a fim de empreender a obra de restauração. Paulo, na verdade, descreve essa experiência como ser “prisioneiro no Senhor”, o que indica uma completa perda dos próprios poderes e do próprio eu. Depois de nos termos rendido a Cristo, a obra de restauração precisa ser executada “com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-[nos] uns aos outros em amor, esforçando-[nos] diligentemente por preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz” (Ef 4:2, 3).

Todos esses atributos foram demonstrados por Cristo quando Ele ministrava às pessoas. Também devemos revelar esses traços ao nos depararmos com as necessidades das pessoas e ministrarmos a elas. Ao fazê-lo, não apenas restauramos relacionamentos, mas provemos os meios pelos quais pode ocorrer a cura espiritual, emocional e física.

Como você pode ajudar? Há muitas maneiras por meio das quais podemos ser úteis aos que estão necessitados, tanto na igreja quanto na sociedade em geral. Não precisamos nos empenhar em esforços dispendiosos e ações elaboradas. Cristo satisfazia às necessidades das pessoas de maneira humilde, não para servir a Si mesmo nem para gratificação própria, mas para a glória de Deus e a restauração da saúde daqueles com quem Se encontrava. Podemos trabalhar com Cristo para ministrar às necessidades físicas das pessoas, como comida, roupa e apoio financeiro. Também podemos ajudá-las dando-lhes as informações que elas precisam para vencer os desafios específicos que podem estar enfrentando na vida, como drogas, álcool ou relacionamentos familiares instáveis. E não devemos nos esquecer de prestar-lhes apoio emocional, oferecendo expressões de empatia, amor e tranquilização.*

* Sheldon Cohen, “Social Relationships and Health,” American Psychologist, nov. 2004.

Deus disse: “Não é bom que o homem esteja só” (Gn 2:18). Precisamos uns dos outros. Consequentemente, um aspecto crucial quanto a essa realidade deve ser entendido.

2. Porque nenhum de nós vive para si mesmo, nem morre para si. Romanos 14:7. Que princípio importante é encontrado nesse texto? Como você experimenta a realidade poderosa dessa verdade?

Na vida ou na morte, influenciamos os outros, especialmente os de nossa família. O cuidado responsável pela própria saúde traz bênçãos não só a nós mesmos, mas também àqueles com quem nós partilhamos a vida.

3. O que os textos seguintes dizem sobre a importância dos relacionamentos sociais? Gn 2:18; Ec 4:9-12; 1Co 12:14-26; Gl 6:2

Depois o SENHOR disse: —Não é bom que o homem viva sozinho. Vou fazer para ele alguém que o ajude como se fosse a sua outra metade.  Gn 2:18;

É melhor haver dois do que um, porque duas pessoas trabalhando juntas podem ganhar muito mais.  Ec 4:9-12;

14 Pois o corpo não é feito de uma só parte, mas de muitas.
15  Se o pé disser: “Já que não sou mão, não sou do corpo”, nem por isso deixa de ser do corpo.
16  Se o ouvido disser: “Já que não sou olho, não sou do corpo”, nem por isso deixa de ser do corpo.
17  Se o corpo todo fosse olho, como poderíamos ouvir? E, se o corpo todo fosse ouvido, como poderíamos cheirar?
18  Assim Deus colocou cada parte diferente do corpo conforme ele quis.
19  Se o corpo todo fosse uma parte só, não existiria corpo.
20  De fato, existem muitas partes, mas um só corpo.
21  Portanto, o olho não pode dizer para a mão: “Eu não preciso de você.” E a cabeça não pode dizer para os pés: “Não preciso de vocês.”
22  O fato é que as partes do corpo que parecem ser as mais fracas são as mais necessárias,
23  e aquelas que achamos menos honrosas são as que tratamos com mais honra. E as partes que parecem ser feias recebem um cuidado especial,
24  que as outras mais bonitas não precisam. Foi assim que Deus fez o corpo, dando mais honra às partes menos honrosas.
25  Desse modo não existe divisão no corpo, mas todas as suas partes têm o mesmo interesse umas pelas outras.
26  Se uma parte do corpo sofre, todas as outras sofrem com ela. Se uma é elogiada, todas as outras se alegram com ela.  1Co 12:14-26;

Ajudem uns aos outros e assim vocês estarão obedecendo à lei de Cristo.  Gl 6:2

Richard Wildman | George Town, Ilhas Cayman



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