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quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

O profeta em conflito







Um profeta com o coração dividido (Nm 22


2Pe 2:14-16).  -  tendo os olhos cheios de adultério e insaciáveis no pecado, engodando almas inconstantes, tendo coração exercitado na avareza, filhos malditos; abandonando o reto caminho, se extraviaram, seguindo pelo caminho de Balaão, filho de Beor, que amou o prêmio da injustiça (recebeu, porém, castigo da sua transgressão, a saber, um mudo animal de carga, falando com voz humana, refreou a insensatez do profeta).


Balaão é definitivamente um personagem digno de nota no livro de Deus. Aqui está um profeta que se comunica com o verdadeiro Deus, contudo não é israelita. É um homem que está em conflito – desejando simultaneamente agradar a Deus, por um lado, mas desejando ainda mais gratificar seu próprio ego e ganância, por outro. Além disso, ele tem uma mula que fala. Singular? Talvez, mas ele é mais semelhante a nós do que pode parecer a princípio.


Infelizmente, para Balaão, sua tentativa de conciliar na vida duas coisas incompatíveis chega ao fim antes de avançarmos muito com sua história. 


Uma coisa singular sobre Deus é que Ele não pode partilhar Seu trono com outros (Êx 20:3  - Não terás outros deuses diante de mim). Ele não vive num panteão como um deus entre outros. Essa singularidade dificultou as coisas para Balaão, porque ele amou “o salário da injustiça” (2Pe 2:15, NVI). 


A ganância estava competindo pelo trono de seu coração, e Balaão teria que escolher com que deus ficaria, pois Jesus disse: “Nenhum servo pode servir a dois senhores. ... Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro” (Lc 16:13, NVI).


Será que alguma vez pensamos, como Balaão, que podemos fazer as coisas a nosso modo e servir a Deus ao mesmo tempo?


Hábitos pecaminosos não resolvidos assumirão o controle  (Nm 23


Tt 3:3-8)  - Pois nós também, outrora, éramos néscios, desobedientes, desgarrados, escravos de toda sorte de paixões e prazeres, vivendo em malícia e inveja, odiosos e odiando-nos uns aos outros. Quando, porém, se manifestou a benignidade de Deus, nosso Salvador, e o seu amor para com todos, não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo, que ele derramou sobre nós ricamente, por meio de Jesus Cristo, nosso Salvador, a fim de que, justificados por graça, nos tornemos seus herdeiros, segundo a esperança da vida eterna. Fiel é esta palavra, e quero que, no tocante a estas coisas, faças afirmação, confiadamente, para que os que têm crido em Deus sejam solícitos na prática de boas obras. Estas coisas são excelentes e proveitosas aos homens.  


O fato de que Deus falou a Balaão em sonhos e visões subentende que eles tinham algum tipo de relação significativa. 


O que sabemos sobre Deus é que Ele nos aceita como estamos (Tt 3:3-5 - Pois nós também, outrora, éramos néscios, desobedientes, desgarrados, escravos de toda sorte de paixões e prazeres, vivendo em malícia e inveja, odiosos e odiando-nos uns aos outros. Quando, porém, se manifestou a benignidade de Deus, nosso Salvador, e o seu amor para com todos, não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo). 


Ele deseja fazer tudo o que pode para ajudar-nos a eliminar nossos hábitos pecaminosos que, de outra forma, acabariam nos matando. Balaão não foi exceção. Assim, no princípio de Seu relacionamento com Balaão, podemos estar certos de que Deus sabia sobre seu problema com a ganância. Podemos estar seguros de que Deus tentou buscar, atrair e conquistar o coração de Balaão. Ele desejava que Balaão experimentasse a liberdade da entrega total, a liberdade da salvação pela graça.


Balaão recusou lidar com os hábitos pecaminosos profundamente enraizados em sua vida. Em vez de ouvir o Espírito Santo, racionalizou Seus apelos e resistiu a Ele até que o problema da ganância se transformou numa erva daninha gigantesca que encheu o jardim de seu coração (Jd 1:11 -  Ai deles! Porque prosseguiram pelo caminho de Caim, e,movidos de ganância, se precipitaram no erro de Balaão, e pereceram na revolta de Corá). 


Quando a delegação de Balaque chegou, oferecendo-lhe riquezas, recompensas e honra, Balaão estava pronto a fazer o que há algum tempo seu coração lhe dizia para fazer. O resultado foi um pecado não resolvido que levou a um fim desastroso.Como podemos resolver o pecado em nossa vida?


Como não amar uma mentira 


(2Ts 2:9-11; -  Ora, o aparecimento do iníquo é segundo a eficácia de Satanás, com todo poder, e sinais, e prodígios da mentira, e com todo engano de injustiça aos que perecem, porque não acolheram o amor da verdade para serem salvos. É por este motivo, pois, que Deus lhes manda a operação do erro, para darem crédito à mentira,


Ap 2:14). -  Tenho, todavia, contra ti algumas coisas, pois que tens aí os que sustentam a doutrina de Balaão, o qual ensinava a Balaque a armar ciladas diante dos filhos de Israel para comerem coisas sacrificadas aos ídolos e praticarem a prostituição. 


O interessante sobre Balaão é sua professa preocupação em buscar fazer a vontade de Deus. 


Por que ele se preocupava tanto com o que Deus pensava quando ia fazer, de qualquer forma, o que queria? 


Por que continuou pressionando a Deus por uma resposta diferente quando já sabia qual era a vontade de Deus? 


Talvez Balaão fosse como a maioria de nós. Gostava de pensar que estava bem com Deus, enquanto desejava fazer o que queria. Não somos do mesmo jeito?


O apóstolo Paulo nos diz que as pessoas serão assim até o fim dos tempos. “Estão perecendo, porquanto rejeitaram o amor à verdade que os poderia salvar. Por essa razão Deus lhes envia um poder sedutor, a fim de que creiam na mentira” (2Ts 2:10, 11, NVI). 


É da natureza humana desejar se sentir bem com respeito ao que se está fazendo, e Balaão não foi exceção à regra. Ele sabia demais sobre Deus para desejar viver afastado dEle, por isso decidiu ver se podia fazer Deus ser do jeito que ele desejava que Deus fosse.


De certa forma, Balaão vivia uma vida bastante legalista. Fazia exatamente o que Deus lhe dizia para fazer, no que diz respeito a cumprir ordens específicas. Contudo, violava os princípios sobre os quais as ordens específicas de Deus estavam baseadas. Não quis amaldiçoar Israel com palavras (Nm 24:12, 13), mas mais tarde chegaria ao mesmo objetivo atraindo Israel ao pecado (Ap 2:14). 


Os fariseus tinham o mesmo problema nos dias de Jesus. Devolviam o dízimo de suas especiarias, mas não viam problema em planejar matar alguém. Eram bons em fazer o que lhes era ordenado, mas o coração não estava naquilo. Jesus os repreendeu por negligenciarem os princípios e fazerem as coisas mecanicamente (Mt 23:23).


Uma espiritualidade de boas obras exteriores sem mudança de coração não é espiritualidade que vem de Deus. No fim, Balaão é exemplo de alguém que “ajustou” a vontade de Deus segundo sua própria ideia o suficiente para poder sentir-se confortável em fazer quase tudo o que quisesse. Ele não amava a verdade, portanto, Deus deixou que ele cresse numa mentira. Sua história é uma advertência para pessoas que vivem numa geração em que nada é absoluto, e a verdade é considerada relativa.


Como sabemos se amamos a verdade ou não? Como podemos estar seguros?


A vontade de Deus se cumpre (Nm 24). 


Apesar dos atos egoístas de Balaão que iam diretamente contra o plano de Deus para Israel, Deus orquestrou as circunstâncias de tal forma que Sua vontade ainda se cumpriu. Ele transformou o pedido de Balaque por uma maldição na realidade de uma bênção.


Como Deus transformou algo mau em bom em sua vida?


Mãos à Bíblia
4. Leia Números 22:22-34 -  Acendeu-se a ira de Deus, porque ele se foi; e o Anjo do SENHOR pôs-se-lhe no caminho por adversário. Ora, Balaão ia caminhando, montado na sua jumenta, e dois de seus servos, com ele. Viu, pois, a jumenta o Anjo do SENHOR parado no caminho, com a sua espada desembainhada na mão; pelo que se desviou a jumenta do caminho, indo pelo campo; então, Balaão espancou a jumenta para fazê-la tornar ao caminho. Mas o Anjo do SENHOR pôs-se numa vereda entre as vinhas, havendo muro de um e outro lado. Vendo, pois, a jumenta o Anjo do SENHOR, coseu-se contra o muro e comprimiu contra este o pé de Balaão; por isso, tornou a espancá-la. Então, o Anjo do SENHOR passou mais adiante e pôs-se num lugar estreito, onde não havia caminho para se desviar nem para a direita, nem para a esquerda. Vendo a jumenta o Anjo do SENHOR, deixou-se cair debaixo de Balaão; acendeu-se a ira de Balaão, e espancou a jumenta com a vara. Então, o SENHOR fez falar a jumenta, a qual disse a Balaão: Que te fiz eu, que me espancaste já três vezes? Respondeu Balaão à jumenta: Porque zombaste de mim; tivera eu uma espada na mão e, agora, te mataria. Replicou a jumenta a Balaão: Porventura, não sou a tua jumenta, em que toda a tua vida cavalgaste até hoje? Acaso, tem sido o meu costume fazer assim contigo? Ele respondeu: Não. Então, o SENHOR abriu os olhos a Balaão, ele viu o Anjo do SENHOR, que estava no caminho, com a sua espada desembainhada na mão; pelo que inclinou a cabeça e prostrou-se com o rosto em terra. Então, o Anjo do SENHOR lhe disse: Por que já três vezes espancaste a jumenta? Eis que eu saí como teu adversário, porque o teu caminho é perverso diante de mim; a jumenta me viu e já três vezes se desviou de diante de mim; na verdade, eu, agora, te haveria matado e a ela deixaria com vida. Então, Balaão disse ao Anjo do SENHOR: Pequei, porque não soube que estavas neste caminho para te opores a mim; agora, se parece mal aos teus olhos, voltarei.


e responda as seguintes perguntas:


a. Que significado simbólico existe no fato de que o animal mudo podia ver o anjo do Senhor e Balaão, suposto profeta de Deus, não o via? 


(Veja Sf 1:17; -  Trarei angústia sobre os homens, e eles andarão como cegos, porque pecaram contra o SENHOR; e o sangue deles se derramará como pó, e a sua carne será atirada como esterco. 


Mt 15:14; -  Deixai-os; são cegos, guias de cegos. Ora, se um cego guiar outro cego, cairão ambos no barranco.


Ap 3:17.)  pois dizes: Estou rico e abastado e não preciso de coisa alguma, e nem sabes que tu és infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu.


b. Leia a primeira resposta de Balaão à jumenta depois que esta falou com ele. Pense no que estava acontecendo. 


Então, o SENHOR fez falar a jumenta, a qual disse a Balaão: Que te fiz eu, que me espancaste já três vezes? Respondeu Balaão à jumenta: Porque zombaste de mim; tivera eu uma espada na mão e, agora, te mataria.


Que resposta irracional de Balaão revela a verdadeira natureza de seu coração e seu desejo de obter riqueza? Afinal, o que a maioria das pessoas faria se um animal começasse a conversar com elas?


c. Como essa história revela a graça de Deus, mesmo para Balaão, apesar de sua má escolha?




Steve Allred Sacramento, EUA






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