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sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Se abandonamos a Deus, para onde vamos?



Após 40 anos de vagueações no deserto, os israelitas finalmente estavam prestes a reivindicar a promessa que Deus lhes havia dado. Haviam lutado tanto física quanto espiritualmente ao longo do caminho, vencendo o pecado e o eu, as montanhas e as murmurações, as nações e a natureza. Muitos haviam morrido ao longo do caminho, inclusive seu amado líder Moisés, que deixou de entrar em Canaã por causa de desobediência, mas havia obtido, após sincero arrependimento, um lugar na eterna Terra da Promessa.

“A cada um deles foi dado segundo sua fé. Os incrédulos viram cumprir-se seus temores. Apesar da promessa de Deus, declararam que era impossível herdar Canaã, e não a possuíram. Mas aqueles que confiaram em Deus, não olhando tanto para as dificuldade a se encontrarem, como para a força de seu Auxiliador todo-poderoso, entraram na boa terra” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 513).

A história dos israelitas não é singular, e quanto mais estudamos suas experiências, mais vemos a semelhança em nossa vida. O palco estava montado. Eles podiam ver a terra ao longe. Contudo, os israelitas enfrentaram de novo o “grande” desafio de fé. Será que se esqueceriam, como muitas vezes o fazemos, de quem os havia guiado no passado? Mas Deus mais uma vez os conduziria vitoriosos em meio à dificuldade.

A batalha não seria ganha instantaneamente, mas tribo a tribo, vitória miraculosa após vitória miraculosa. Canaã acabaria sendo deles. Mesmo então Deus ainda teve de estabelecer cidades de refúgio em Canaã e ao seu redor, lugares seguros nos quais os pecadores condenados pelas leis judaicas poderiam estar a salvo. O Salmo 46:1 nos lembra que “Deus é nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente nas tribulações”

Eis aqui alguns conceitos dos quais precisamos nos lembrar ao reivindicarmos essa promessa: 
(1)Virão batalhas, em algumas das quais fracassaremos. O diabo tentará valentemente, até o fim, obter a vitória. A luta é um processo diário com novos desafios todos os dias. 
(2) Deus estabelece cidades de refúgio ao longo do caminho para que nos lembremos de quão disposto Ele está a nos salvar por Sua graça. 
(3) A batalha não é nossa, mas do Senhor. 
(4) A vitória está assegurada. A Terra Prometida nos aguarda. Cabe a nós confiar nas promessas de Deus e reivindicá-las!

Mãos à Bíblia
11. Como 2 Samuel 22:3 reflete, pelo menos em parte, o refúgio que as cidades forneciam?

2 Sam 22:3  - o meu Deus, o meu rochedo em que me refugio; o meu escudo, a força da minha salvação, o meu baluarte e o meu refúgio. Ó Deus, da violência tu me salvas.
12. Como encontramos em Cristo o mesmo tipo de refúgio e proteção que encontravam aqueles que fugiam para as cidades de refúgio? Veja 

 Jo 8:10, 11;  -  Erguendo-se Jesus e não vendo a ninguém mais além da mulher, perguntou-lhe: Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou? Respondeu ela: Ninguém, Senhor! Então, lhe disse Jesus: Nem eu tampouco te condeno; vai e não peques mais.
Ef 1:7;   -     no qual temos a redenção, pelo seu sangue, a remissão dos pecados, segundo a riqueza da sua graça,
  Cl 1:14;  -  no qual temos a redenção, a remissão dos pecados

Hb 6:18.  -    para que, mediante duas coisas imutáveis, nas quais é impossível que Deus minta, forte alento tenhamos nós que já corremos para o refúgio, a fim de lançar mão da esperança proposta;
Ao mesmo tempo, a comparação não é exata, porque nossa compreensão da cruz é que até mesmo os que cometeram pecados premeditados, até mesmo o assassinato, podem ser perdoados pelo Senhor.

Kerri-Ann McKenzie | Kingston, Jamaica


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